![]() |
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasi |
Nesta quinta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada das tarifas de 40% sobre alguns produtos brasileiros, em vigor desde agosto de 2025. A decisão vale para produtos que entraram nos EUA a partir de 13 de novembro.
A lista contempla diversos itens, como café, carnes e frutas, entre outros. No entanto, produtos como pescado e sal ficaram de fora da isenção, o que gerou frustração entre entidades ligadas a esses setores.
No segmento do pescado, o atum é um dos produtos potiguares mais afetados desde o anúncio da taxação. Representantes do setor estimam que, desde agosto, houve uma retração de 72% nas exportações para os Estados Unidos, principal importador da mercadoria.
“Estamos obviamente felizes pelos setores que avançaram, mas frustrados por não vermos evolução e priorização do pescado pelo governo brasileiro”, afirma Eduardo Lobo, presidente da Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados).
Em julho deste ano, os Estados Unidos impuseram uma taxa de 40% sobre diversos produtos brasileiros. Além disso, havia uma tarifa adicional de 10% para itens da América Latina. Assim, os produtos nacionais passaram a ter uma alíquota final de 50% nas exportações para o país norte-americano.
Na semana passada, foram retiradas tarifas de 10% de diversos produtos, como açaí e café, e zeradas as de outros, como o suco de laranja. Desde essa última redução, 26% dos produtos brasileiros exportados para os EUA passaram a ter tarifa zero.
A redução ocorre após intensas negociações diplomáticas realizadas entre julho e novembro, incluindo um encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump. O governo dos Estados Unidos afirma que houve “progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil” e, por isso, decidiu aliviar parte das tarifas.
Desde a implantação do “tarifaço”, 45 produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos passaram a ser taxados. Apenas dois itens ficaram isentos da sobretaxa logo após a implementação da medida: a castanha de caju e os óleos combustíveis.
Com informações da Agência Brasil e CNN



Postar um comentário