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| José Martins Veras Neto tinha 59 anos de idade e era voluntário da Apae — Foto: Cedida |
O promotor de justiça Ítalo Moreira Martins, denunciou o professor Lucas Vinícius do Vale Lopes, de 23 anos, pelo crime de homicídio doloso, em função do atropelamento e morte de José Martins Veras, o Netão, no início da manhã do dia 22 de março de 2025, na Avenida Abel Coelho, quase em frente ao Porreta Burg, no Abolição III, em Mossoró-RN.
Relembre o caso: Motociclista é atropelado e morto por carro na avenida principal do Abolição III
Netão Veras era muito querido em Mossoró-RN, em função do trabalho filantrópico magnífico que realizava em benefício da Liga de Estudos e Combate ao Câncer, Lar da Criança Pobre, Amantino Câmara e do APAE. Inclusive, no dia que foi atropelado e morto, estava se deslocando em sua motocicleta para coletar doações em nome do APAE, região do Abolições.
Relata o promotor Ítalo Moreira Martins que ficou evidenciando com provas técnicas e testemunhais que Lucas Vinicius estava dirigindo com velocidade acima de 100km por hora, além de estar visivelmente embriagado. O testemunho de policiais no local aponta que ele “parecia um zumbi”, quando literalmente passou por cima de Netão Veras.
Ainda no local, alguns policiais relataram que Lucas Vinicius estava embriagado, porém, os guardas municipais de trânsito que o conduziram para a lavratura do flagrante, na Delegacia de Plantão, não fizeram o laudo de constatação, levando o delegado Antônio Caetano Baumann de Azevedo a soltá-lo, mediante fiança de apenas R$ 1.500,00, o que deixou a família revolta.
O caso caiu para o delegado José Vieira, da 39ª DP, investigar. Demorou cerca de 4 meses para concluir a investigação, porque o Instituto Técnico-científico de Perícia (ITEP) fez uma análise precisa do local da ocorrência, nas imagens de vídeo gravado pelas câmeras de segurança, para definir, com precisão, a velocidade que o veículo desenvolvia no momento do impacto.
Nesta análise, ficou definido que o Citroen dirigido por Lucas Vinicius estava desenvolvendo velocidade acima de 100 quilômetros por hora no momento do impacto por trás da moto pilotada por Netão Veras. Restou pendente a dúvida se Lucas estava embriagado ou não. Esta dúvida foi tirada em depoimentos prestados ao Ministério Público Estadual.
O denunciado apresentava sinais visíveis de embriaguez. Na oportunidade, ele disse "me aproximei do mesmo, perguntei se ele era o condutor do veículo, do acidente. Ele disse que sim. Já dava para notar o visível estado de embriaguez do mesmo, os sintomas que ele apresentou, né? (...)como sonolência que a gente dava para perceber, olhos vermelhos e hálito, né? O hálito dele etílico. É, soltava um odor, né, da transpiração".
O promotor Ítalo Moreira Martins enfatizou que as provas acostadas no processo “evidenciam que o acusado adotou um comportamento que acentuou significativamente o potencial de dano, de forma que revelam objetivamente que ele assumiu o risco de causar o resultado fatal”. O próximo passo no processo, é o juiz do caso decidir se o envia para ser julgado pelo Tribunal do Júri Popular ou não, o que deve acontecer nas próximas semanas.
Mossoró Hoje

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