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Foto: REUTERS/Luis Cortes |
A Suprema Corte argentina confirmou nesta terça-feira (10) a condenação da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner. Os três juízes votaram por unanimidade. As informações são do Página 12.
O mais alto tribunal do país rejeitou os recursos e manteve a sentença que a condenou a seis anos de prisão no âmbito da "Causa Vialidad", além de inabilitá-la de forma permanente para exercer cargos públicos.
A correspondente do 247 em Buenos Aires, Marcia Carmo, informou que uma multidão de apoiadores peronistas se formou na porta do Partido Justicialista.
Escândalos na condução do processo
O processo judicial foi marcado por fatos que geraram indignação entre os apoiadores da ex-presidente. Fotos revelaram que o fiscal Diego Luciani — responsável pela acusação — e o juiz Rodrigo Giménez de Uriburu — integrante do tribunal — jogavam futebol juntos na casa de campo do ex-presidente Mauricio Macri, principal adversário político de Cristina.
Posteriormente, vazaram mensagens que indicavam manipulação de provas entre juízes, funcionários e empresários de mídia, referentes a uma viagem de luxo à Patagônia, com todas as despesas pagas pelo Grupo Clarín, maior conglomerado de mídia do país e crítico ferrenho do kirchnerismo.
Apesar do escândalo envolvendo o juiz Julián Ercolini — responsável pela instrução da causa e coleta de provas contra Cristina —, o julgamento seguiu adiante e terminou com a condenação, com base em acusações que a ex-presidente sempre negou.
Reação
Os membros da Confederação Geral do Trabalho (CGT) repudiaram a tentativa de "proscrição" da dirigente peronista. "A democracia está em perigo", afirmaram em comunicado oficial, no qual expressaram sua "solidariedade e apoio incondicional" à líder que foi presidente por duas vezes.
Condenação anterior
A ex-presidente havia sido condenada em dezembro de 2022 pelo crime de administração fraudulenta em prejuízo da administração pública, no âmbito da "Causa Vialidad". Ao mesmo tempo, foi absolvida da acusação de associação ilícita, após a Corte rejeitar o pedido do Ministério Público para agravar sua condenação.
Brasil 247
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