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Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, começou o fim de semana (sexta-feira, 4) com todos os leitos de UTI para Covid ocupados na rede pública hospitalar.

Diante dessa alta ocupação, o governo do RN e a prefeitura de Mossoró, em parceria, decidiram transformar, de forma gradativa, 10 leitos clínicos em leitos de UTI para atender a demanda atual. Além disso, outros 10 leitos clínicos também serão abertos no fim de semana.

Atualmente a rede pública de saúde de Mossoró possui 20 leitos de UTI e 26 leitos clínicos para Covid.

Os leitos críticos ficam na Maternidade Almeida Castro e no Hospital Rafael Fernandes. De acordo com a diretora da maternidade, 60% dos pacientes internados na UTI são pessoas que não tomaram nenhuma dose da vacina e os demais não completaram o esquema vacinal.

"Novamente é uma problemática que quem está se internando é quem não está se vacinando, em sua grande maioria. E a grande maioria de idosos", explicou a interventora da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (Apamim).

Da mesma forma, o hospital Rafael Fernandes amanheceu nesta sexta com todos os 10 leitos de UTI e os 16 de enfermaria ocupados. Segundo a direção, a situação evoluiu ao longo deste ano.

"Dia 5 de janeiro, a gente estava com 0 pacientes na UTI e tínhamos 8 leitos clínicos com ocupação de 2 pacientes", lembrou o diretor do hospital, Leonardo Menezes.

Leitos clínicos

Os novos leitos clínicos que serão abertos vão funcionar no Hospital da Polícia Militar de Mossoró, que passou por reforma.

O espaço foi cedido pelo comando da PM e a abertura dos leitos faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre município e governo. Eles serão administrados pela Apamim.

Ao todo, a estrutura poderá abrigar até 35 leitos clínicos, o que pode ajudar a desafogar o nível de ocupação atual.

Segundo a interventora da associação, a busca por leitos clínicos aumentou com a variante ômicron.

"A necessidade de leitos clínicos aumentou muito nessa nova onda da ômicron. E aí houve a necessidade dessa ampliação. A gente já tinha ampliado 10 leitos, só que não foi o suficiente. E agora tem um tensionamento tanto pra leito de UTI como clínico", pontuou Larizza Queiroz.

Momento atual

O estado atualmente tem o momento de maior transmissibilidade da Covid desde o início da pandemia, mas com a menor taxa de letalidade na proporção do comparativo com a quantidade de contaminados. Os dados foram levantados pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da UFRN.

O estado teve um aumento de 603% novos casos conhecidos de Covid em janeiro em comparação com o mês de dezembro. O número de mortes aumentou 78%.

O crescimento de casos também fez crescer o número de internações, fazendo o estado abrir novos leitos clínicos e críticos. Na maior UTI do estado, 95% do pacientes não tem a vacinação completa contra Covid.

G1/RN




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