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Mais uma vez, as estimativas do mercado financeiro brasileira mostram um cenário de piora econômica no país. Segundo as projeções dos analistas, o PIB (Produto Interno Bruto) irá crescer 4,78% — na semana passado o crescimento indicado era de 4,80%. É a 7ª semana consecutiva que o percentual é corrigido para baixo.

Já na 8ª queda consecutiva, o PIB de 2022 também foi revisado. Antes estimada em 0,70%, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país é prevista em 0,58%.

A média das estimativas foi divulgada nesta 2ª feira (29.nov.2021) no Boletim Focus do BC (Banco Central). 

O Boletim Focus traz semanalmente a média das perspectivas dos operadores do mercado em relação aos principais indicadores da economia.

O próprio BC já fala em revisar o crescimento do ano que vem com um “viés de baixa”, segundo o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Atualmente, o Banco Central prevê crescimento de 2,1% em 2022, assim como o Ministério da Economia.

Além da queda de expectativas para o PIB, a inflação deve continuar sua escalada neste e no próximo ano, segundo os economistas.

Na 34ª semana consecutiva,  o mercado aumentou a estimativa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2021. Foi de 10,12% na semana passada para 10,15% nesta semana.

A revisão vem depois do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação, apresentar o maior resultado para novembro desde 2002. A alta foi de 1,17% no mês, com acúmulo de 10,73% em 12 meses, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para 2022, a inflação deve continuar a pressionar a economia e o orçamento da população. Segundo o Focus, o índice de preços pode chegar a 5%. O valor fica no teto da meta do BC para o IPCA — a meta é de 3,5%, com intervalo de 2% a 5%.

O BC já abandonou a meta de 2021 e reconheceu que não será possível atingir o objetivo, que era de 3,75% e poderia chegar a 5,25%. Mas ainda tenta controlar o cenário econômico para frear a inflação oficial de 2022.

Com o crescimento comprometido e a inflação em alta, o mercado continua projetando a alta de juros no país. A Selic, taxa básica de juros, é prevista em 9,25% até o final de 2021. Atualmente, a taxa é de 7,75%. Para o ano que vem, a estimativa é de juros ainda mais altos: 11,25% ao ano.

O próximo encontro para decidir a política monetária será em 7 e 8 de dezembro.

Para o dólar, os analistas mantiveram as projeções em R$ 5,50 em 2021 e 2022.


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