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Castigado por anos de estiagem severa, o Nordeste brasileiro passará por uma década com chuvas regulares, de 2020 a 2030. Esse é o prognóstico do professor de climatologia e pesquisador  da Universidade Federal do Alagoas Luiz Carlos Baldicero Molion. A tendência é que a temperatura da Terra diminua, com um ligeiro resfriamento de aproximadamente 0,3 graus centígrados, uma vez que o sol está em baixa atividade eletromagnética.

Segundo a pesquisa de Molion, não se espera seca severa nos estados do Nordeste. “As chuvas estarão na média, podendo variar um pouco de um ano para o outro”. A explicação para essa ação é a baixa atividade do sol alertada pelos astrofísicos, segundo Molion, fenômeno que ocorre a cada cem anos. Esse fator causaria resfriamento do pacífico.  “A probabilidade do pacifico esfriar é grande porque o sol tem ciclo que em cada 100 anos entra num período de baixa atividade e segundo os físicos solares isso vai ocorrer a partir de 2020 a 2030, em seu mínimo de atividade”, disse.


O pesquisador  explicou que o clima do planeta é controlado pela temperatura dos oceanos, responsáveis por cobrir 71% da superfície da Terra. O Pacífico, particularmente, que ocupa 35% da superfície da Terra,  apresenta sintomas de que está esfriando.  “Com os oceanos esfriando, o clima global fica mais frio e as regiões fora dos trópicos sentem mais esse resfriamento devido aos invernos serem em média mais intensos”, explicou Molion.

Regiões fora dos trópicos, como países da América do Norte, Ásia, Europa e no Hemisfério sul, em países como o Chile, Argentina e Uruguai o estados do Brasil vão sentir invernos rigorosos mais frequentemente em função do fenômeno solar. 

No Rio Grande do Norte, a distribuição irregular das chuvas pelo território,  somada à recarga dos reservatórios abaixo do necessário, fez o Executivo estadual renovar pela 11ª vez consecutiva o decreto de emergência da sexa, que já permitiu o acesso a R$ 16 milhões em recursos federais para adotar ações de enfrentamento da seca, principalmente, o abastecimento de água por carro-pipa.

Segundo o Governo potiguar, os prejuízos acumulados pelo segmento agropecuário foram de cerca de R$ 4,3 bilhões ao longo do período de estiagem. Além disso, oito reservatórios estão em volume morto e outros três completamente secos entre as 47 barragens e açudes monitorados pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn). Ainda segundo o Governo do RN, as chuvas em 84 municípios foram consideradas de normal a muito chuvoso, 33 ficaram na categoria "seco" e 21 municípios na faixa "muito seco". No estado, 29 cidades não possuem registros.

Cidades

Um levantamento divulgado pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), constatou que sete cidades estão em colapso e outros 90 municípios estão em sistema de rodízio. As regiões mais afetadas pela crise hídrica são: Oeste, Alto Oeste e Seridó. Estão em colapso as cidades de Almino Afonso, João Dias, Luís Gomes, Paraná, Pilões e São Miguel, no Alto Oeste potiguar. No Seridó, a cidade de Cruzeta é a única que se encontra nesta situação.

Números

0,3 graus. É o que a temperatura da terra vai esfriar, trazendo chuvas dentro da média para o Estado;

4,3 bilhões é o prejuízo acumulado pelo setor agropecuário nos últimos anos.

Tribuna do Norte


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