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Ex-governador de Minas Gerais é o primeiro político a ser punido no escândalo envolvendo nomes do PSDB.


 O ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo, do PSDB, foi condenado a mais de 20 anos de prisão. É o primeiro político a ser punido no chamado “mensalão tucano”.
À noite, no condomínio onde mora o ex-senador do PSDB, funcionários informaram que não havia ninguém em casa. Pelo telefone, mais cedo, Eduardo Azeredo disse que não sabia da sentença. Ele foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro.
Para o Ministério Público, Azeredo foi o principal beneficiário do esquema de desvio de verbas de estatais para a campanha eleitoral de reeleição ao governo de Minas em 1998. O vice dele na chapa, Clésio Andrade, era sócio de Marcos Valério em uma agência de publicidade que, segundo a denúncia, participava de um esquema de lavagem de dinheiro.

Empresas estatais teriam sido usadas para repassar verbas por meio de contratos de fachada a eventos esportivos.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a Copasa, e a Companhia Mineradora de Minas Gerais, a Comig, teriam fornecido, cada uma, R$ 1,5 milhão à agência de Marcos Valério. Do Banco do Estado de Minas Gerais - o Bemge - teriam saído outros R$ 500 mil.
O dinheiro vinha de uma instituição financeira, o Banco Rural, que fornecia empréstimos às agências sem a apresentação de garantias.
Em 2010, Eduardo Azeredo foi eleito deputado federal. Por ter foro privilegiado, ele estava sendo julgado pelo STF. Mas Azeredo renunciou em fevereiro do ano passado, e sem o foro privilegiado, o Supremo determinou que o processo dele fosse julgado na Justiça mineira. Um ano e dez meses depois, a sentença foi divulgada.
O advogado de Eduardo Azeredo, Castellar Guimarães, disse que vai esperar a publicação da sentença para entrar com um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A defesa vai insistir na tese de que o ex-governador não sabia e não se beneficiou do esquema apontado pelo Ministério Público.
“Não se pode admitir que um governador de estado, um estado das proporções de Minas Gerais, ele tenha que acompanhar e tenha que ter conhecimento de patrocínios que o governo, através de suas estatais, se disponha a fazer. Não só a liberação desses recursos como a lisura de todo procedimento que foi praticado. Isso é inadmissível”, disse o advogado.
PSDB disse que a decisão da Justiça pegou todos de surpresa, mas que o partido está confiante que Eduardo Azeredo vai provar a inocência nas instâncias superiores.
O advogado de Marcos Valério não quis comentar a sentença.
O Banco Rural disse que o processo foi julgado em separado na Justiça Federal e que ainda cabe recurso.
*G1


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