Tem que ser com tristeza e desânimo que o brasileiro, de uma maneira geral, morando em Natal, Mossoró, Areia Branca, Caicó, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, São Miguel, Ceará Mirim, Assú, Parnamirim ou em Nova Cruz no nosso Rio Grande do Norte, ou em Marabá-PA., em Belo Horizonte-MG., no Rio de Janeiro-RJ , em São Paulo-SP., em Vitória-ES., em Porto Alegre-RS, em Brasília-DF. ou em Campo Grande-MS, enfim em qualquer recôndito do Brasil assiste o ressurgimento de uma avalanche de velhos impostos e contribuições que, goela a baixo, voltam ao tabuleiro como forma de salvar o déficit público governamental , e para cuja ocorrência nenhum, dos mais de duzentos milhões de brasileiros, contribuiu, vez que a crise tem seu nascedouro na má gestão dos governos, principalmente no federal, e numa percepção já vista há anos pelos que têm melhor descortino em economia. O Brasileiro trabalha hoje 151 dias a cada ano, só para pagar impostos aos governos, segundo levantamento oficial do IBPT- Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, mas mesmo assim acaba de chegar ao Congresso Nacional , em forma de Medida Provisória, um “pacote” prevendo a reedição da malsinada CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira e ampliação de alíquotas sobre vários outros impostos. Os Governos Estaduais, como no Rio Grande do Norte, pari passu começam a inundar as Assembleias Legislativas com o mesmo expediente no que diz respeito aos tributos, principalmente do ICMS, e claro isto sugando cada vez mais das empresas e das pessoas, que já têm uma atual carga tributária avassaladora de 36% em relação ao PIB- Produto Interno Bruto, ou seja, de cada R$.100 produzidos, R$.36 são recolhidos em forma de impostos aos cofres da União, dos governos estaduais e municipais. Temos uma das maiores do mundo, perdendo apenas para a Dinamarca, França, Suécia, Noruega e Finlândia, países que brindam, em retorno, suas populações com excelência em saúde, educação, segurança pública, assistência social e mobilidade urbana , justamente pela importância dos impostos que os seus governos detêm , diferentemente do que aqui nós vimos, sentimos e deploramos.
A multiplicação da dívida da Petrobras no Governo Dilma Desde que a presidenta Dilma Rousseff assumiu a Presidência do país, em 2011, a dívida da Petrobras quase quintuplicou de tamanho. A informação é do levantamento feito pela Economática, provedora de informações financeiras. De acordo com os dados, a dívida total bruta da maior companhia do Brasil subiu de 117,9 bilhões de reais, em janeiro de 2011, para 415,6 bilhões de reais, até junho deste ano. Se levado em conta o ritmo médio com que a dívida vem crescendo desde o primeiro mandato do governo, o valor deve ser ainda maior em setembro – 526,8 bilhões de reais no total. Durante o período, o endividamento da estatal em Reais saltou de 62,2 bilhões de reais para 344,6 bilhões de reais em junho. A projeção é de um crescimento de 455,8 bilhões de reais. Em moeda estrangeira, a dívida subiu de 37,3 bilhões de reais para 111,1 bilhões de reais em junho – número que deve seguir estável até setembro. Os cálculos foram feitos com a cotação do dólar de quinta-feira, dia 24, de R$4,00. Entre as empresas brasileiras de capital aberto, a Petrobras foi a que mais perdeu valor de mercado durante o Governo Dilma. No início do primeiro mandato da presidente, a estatal valia 380,24 bilhões de reais na bolsa, valor que despencou para 105,04 bilhões de reais até agora. O escândalo da Lava-Jato, aliada a falhas de gestão e queda de preço do petróleo no mercado internacional, levaram a empresa a uma desvalorização maior do que a OGX (atual OGpar), petroleira de Eike Batista.
Risco-Brasil dobra em três meses e é o quarto maior entre emergentes
O Brasil foi o país emergente que experimentou a maior piora na percepção de risco dos investidores nos últimos três meses. Levantamento do GLOBO com base em dados da Bloomberg mostra que o risco-país brasileiro medido pelo CDS (Credit Default Swap, na sigla em inglês, espécie de seguro contra calote da dívida soberana) saltou 95,9% no período, a maior variação percentual entre 43 emergentes. Com a deterioração no sentimento dos investidores, o Brasil saltou da 12ª para a 4ª posição no ranking de emergentes mais arriscados, atrás apenas de Venezuela, Ucrânia e Paquistão. Para analistas, um reflexo da crise político-econômica e da incerteza no país. O levantamento considerou a pontuação do CDS brasileiro (contrato de cinco anos) registrada no meio da tarde de sexta-feira, dia 25 de setembro, de 478 pontos. Foi a 5ª alta seguida desse tipo de seguro, oferecido por bancos internacionais a investidores de títulos brasileiros em busca de proteção contra eventual calote do governo.
Elviro Rebouças é economista e empresário
Postar um comentário