Os anestesiologistas decidiram na noite desta segunda-feira, 22, aceitar a proposta da Prefeitura Municipal de Mossoró, para atuarem nos partos e cirurgias eletivas. Com a decisão, falta somente fechar a escsla com obstetras e pediatras para a Casa de Saúde Dix Sept Rosado (CSDR) voltar a funcionar com 30 leitos, conforme informou a interventora Larissa Queiroz, designada pela Justiça do Trabalho.
Ao retornar, mesmo que com 50% de sua capacidade, já vai desafogar o Hospital da Mulher, que absorveu toda a demanda de partos da região Oeste do Rio Grande do Norte após o fechamento da CSDR no dia 4 de agosto por falta de médico e de estrutura adequada para se fazer partos. O atendimento ficou difícil porque o Hospital da Mulher só tem estrutura para fazer no máximo 150 partos por mes e a demanda da região é 600.
No mes de agosto foram feitos 299 e a proporção continuou a mesma em setembro. O direitor médico Manoel Nobre disse que, por não ter onde nascer, pelo menos três bebês morreram nas barrigas das mães em Mossoró. A carga excessiva de trabalho, o alto stress entre mães, familiares e os servidores do Hospital da Mulher, levou a direção a pedir exoneração dos cargos nesta segunda-feira, 22.
Com a reabertura da CSDR pela junta administrativa nomeada pelo juiz federal do trabalho Magnos Kleiber, a secretaria de saúde Leodise Cruz acredita que será possível amenizar a questão. A CSDR paga cerca de 304 servidores com o que recebe do SUS. Os médicos quem paga é a Prefeitura de Mossoró. "Vamos conversar hoje com os obstetras e os pediatras para fechar as escalas e a casa voltar a funcionar", diz.
Negociação
A negociação começou sexta-feira da semana passada. Na ocasião, a secretaria Leodise Cruz ofereceu R$ 1.900,00 por plantão de 12 horas e pagar os R$ 602 mil que a Prefeitura deve aos anestesiologistas até o dia 10 de novembro. O representante dos anestesiologistas, médico Ronaldo Fixina, que conversou pessoalmente com Leodise Cruz, levou a proposta para a categoria discutir nesta segunda-feira, 22.
* De Fato
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