A Comissão de Direitos
Humanos da OAB/Mossoró visitou, na tarde desta segunda-feira (11), familiares
das vítimas da violência no último final de semana em Mossoró. A primeira
dessas visitas foi ao Hospital Regional Tarcisio Maia, ocasião na qual a
comissão, representada pelas advogadas Catarina Vitorino e Amanda Cristina,
conversou com a mãe do garoto Francisco Mikael da Silva Miranda, de 10 anos,
que foi atingido por uma bala perdida no bairro Santo Antônio no último domingo
(10). Clezioneide da Silva Ferreira,
ainda estava muito abalada com o acontecido. A comissão se colocou a disposição
para ajudar no que fosse preciso e também para acompanhar a investigação do
caso. As advogadas, acompanhadas da chefe da divisão do Serviço Social do HRTM,
Rosângela Almeida, visitaram o garoto e foram informadas de que o quadro dele
tem melhorado.
Em seguida, as advogadas foram
até a casa da família do garoto Leo Jackson Fernandes da Silva, de 2 anos e 8
meses, que faleceu no último domingo, após ser vítima de uma bala perdida no
bairro Planalto 13 de maio, no sábado (09). O garoto foi sepultado na manhã de
ontem (11). Tios, primos, a avó e os pais do garoto ainda estavam muito
comovidos. “Nunca pensei que uma coisa dessas pudesse acontecer com meu filho”,
declarou o pai do menino, Antônio Lidijekson Fernandes de Oliveira, emocionado.
A mãe da vítima, Jayanny Larissa Evangelista da Silva, que está grávida de 5
meses, também se mostrou inconformada com a perda. A comissão foi até a
residência da família para oferecer sua solidariedade e se colocar a disposição
para acompanhar o caso e viabilizar acompanhamento psicológico para os familiares
mais abalados.
Ainda ontem, a comissão
esteve também na residência dos pais de Marcelo Augusto do Nascimento, de 19
anos, morto na mesma ocasião que o garoto Leo Jackson. No local, as advogadas
conversaram com a mãe do rapaz, Maria Elioneide do Nascimento, o pai, Maurício
Porciano da Silva, e a esposa, Fernanda Eduarda Alves da Costa, que está
grávida de 7 meses. O clima de inconformismo era o mesmo, e a comissão se
dispôs a ajudar da mesma maneira que nos casos anteriores.
“Enquanto comissão estamos
com a incumbência de defender e lutar com zelo pela garantia dos direitos
humanos. Não podemos, enquanto integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil,
assistir casos assim sem manifestar nossa indignação ante a violência que nos
permeia”, declara Amanda Cristina.
“A Comissão está disposta a
procurar apoio psicológico, esclarecer dúvidas jurídicas pertinentes às
situações vividas e ainda acompanhar estas famílias, apoiando-as nesse momento
tão difícil. Infelizmente, pessoas inocentes têm sido vítimas de uma sociedade
que vive diariamente essa violência indiscriminada”, ressalta a vice-presidente
da comissão, Catarina Vitorino.
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