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Enxugamento da máquina administrativa, mais diálogo entre o Executivo e o Legislativo e uma reforma ministerial ainda este ano para dar novo ânimo ao governo. Estas são algumas das propostas defendidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo (edição de ontem). Henrique defendeu a redução do número de ministérios, 39 atualmente, para tornar as ações governamentais mais ágeis objetivas. “Acho que 25 ministérios seriam do tamanho do Brasil.”
Edu Barboza
Henrique Eduardo Alves propõe redução de custos e mudanças no primeiro escalão com saída antecipada de ministros-candidatosHenrique Eduardo Alves propõe redução de custos e mudanças no primeiro escalão com saída antecipada de ministros-candidatos

O deputado, que foi líder do PMDB antes de assumir a presidência da Câmara, sugeriu que a presidenta Dilma Rousseff inicie reforma antecipando a desincompatibilização dos ministros que serão candidatos nas eleições de 2014. “A presidente faria uma reprogramação de todo o quadro ministerial com liberdade da escolha dos novos ministros, que já participariam da execução orçamentária nova do próximo ano e da definição das novas prioridades do próximo ano. Dando, portanto, ao ministro que vai assumir uma participação muito maior na definição do governo no ano eleitoral.”

Ao ser questionado se o PMDB, principal aliado do PT no governo federal, abriria mão de  alguns dos ministérios que ocupa, ele disse não ver problemas. “Na hora de uma reorganização nesse nível, com essa profundidade, com essa responsabilidade, acho que todos os partidos da base deveriam ter esse gesto de delegar à presidente a decisão”

Com bom trânsito entre deputados e senadores, inclusive da oposição, amigo pessoal do vice-presidente Michel Temer, Henrique defendeu a retomada do diálogo entre o Planalto e o Congresso. E o primeiro passo para isso seria ressuscitar o conselho político. “Está faltando essa boa política no sentido de conversar, de interagir. “Quando  Lula era presidente da República, nos seus oito anos e logo no início da Dilma, havia reuniões quase que mensais do conselho político. Era uma presença de líderes e de presidentes partidários que ficavam duas ou três horas analisando se tal medida seria anunciada e enviada ao Congresso. Aí, a coisa saía redonda. É muito mais fácil a condução, discussão e aprovação. Há quanto tempo não se reúne o conselho político? Eu não me lembro a última vez. Nunca mais se reuniu o conselho político. Foi um erro do governo em não fazer porque ajudaria a presidente. Quando remeter a proposta ou medida provisória ou projeto, já viria discutida, pelo menos, com a sua base parlamentar”.

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