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O deputado federal João Maia, líder do PP no Rio Grande do Norte, afirmou neste fim de semana que o vice-governador Walter Alves, líder do MDB, não deverá assumir o Governo do Estado em 2026 após a renúncia já anunciada da governadora Fátima Bezerra (PT). João revelou também que, além disso, Walter articula um possível apoio à candidatura do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), a governador nas eleições de 2026.

As declarações aconteceram durante uma visita ao município de Caicó no último domingo 21. João Maia – que é um dos principais entusiastas da candidatura de Allyson ao governo – afirmou que a articulação atual envolve Walter não assumir o Governo do Estado em abril do próximo ano e ser candidato a deputado estadual. Além disso, segundo o deputado federal, o líder do MDB indicará o candidato a vice de Allyson na disputa do próximo ano.

“Não dá para brincar de esconder isso. (O plano) É Walter não assumir. Ele quer ser candidato a deputado estadual. Precisa fazer uma nominata, se eleger. E apoiar Allyson. Então hoje a gente está discutindo como é que a gente pode ajudar o MDB a fazer a nominata para Walter se eleger. Ele tem votos o suficiente, mas votos eu sempre digo que sempre faltam, nunca sobram. Então, nós vamos trabalhar nessa direção e realmente ter o apoio de Walter para Allyson candidato a governador,”, afirmou João, em entrevista ao canal Caicó em Foco, do radialista Rosivan Amaral.

O deputado do PP foi além e afirmou que, dentro dessa costura política, a participação do MDB na chapa majoritária já estaria pactuada. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de Walter Alves indicar o vice de Allyson em 2026, o deputado respondeu: “É o combinado.”

A fala de João Maia aconteceu durante um café da manhã do qual participaram também o prefeito Dr. Tadeu (PSDB) e vereadores de Caicó. João citou a possível candidatura de Walter Alves a deputado estadual após um questionamento sobre a disputa para a Assembleia Legislativa em 2026.

“Vamos conversar”, afirma Walter Alves sobre articulações

Horas após a repercussão da entrevista de João Maia, Walter Alves usou sua conta no Instagram para compartilhar trecho de uma entrevista que ele havia dado na sexta-feira (21) durante uma visita ao município de Angicos. Ele não negou as articulações, embora tenha reforçado que qualquer definição passará por um amplo processo de escuta interna no MDB.

“O MDB, que é o nosso partido, hoje tem 42 prefeitos e 30 vice-prefeitos, além de mais de 300 vereadores e deputados estaduais que estão alinhados conosco. Então, o que é que nós vamos fazer? Ouvir todos os prefeitos, os deputados, os vice-prefeitos, os vereadores, para tomarmos a decisão”, disse.

O vice-governador acrescentou que esse processo já está em curso. “Então, esse trabalho já está sendo feito. Já conversei longamente com o prefeito Pinheiro (de Angicos), com vários prefeitos e, na hora certa, vamos tomar uma decisão pensando, claro, no nosso Estado e pensando no nosso partido.”

Questionado sobre a possibilidade de uma definição ainda em 2025, Walter Alves reforçou que o partido não pretende agir de forma precipitada. “A gente não pode tomar uma decisão dessa importância assim, açodada e sem ouvir, sem consultar, sem escutar os nossos aliados, que são aliados que estão conosco ao longo de muitos e muitos anos”, declarou.

Ao falar sobre sua posição política e o perfil do MDB, o vice-governador reafirmou o caráter centrista da legenda. “O MDB, que é o meu partido, eu nasci no MDB, é um partido de centro, é um partido de equilíbrio”, afirmou, ao comentar declaração feita em homenagem recente na Assembleia Legislativa.

Ao ser questionado sobre aproximação com Allyson Bezerra, Walter manteve a mesma linha de cautela. “Olha, nós vamos conversar primeiro ouvindo o nosso partido, para tomarmos a decisão, e escutar o partido, qual é o sentimento que o partido quer, quem o partido deseja que o MDB apoie para governador do Estado a partir do próximo ano”, concluiu.

Durante a entrevista, Walter Alves também comentou especulações sobre uma possível ida ao Tribunal de Contas do Estado. “Isso aí é especulação”, disse. Segundo ele, as discussões internas do MDB se concentram em dois caminhos: assumir ou não o Governo do Estado e, em caso negativo, disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

“O que nós vamos ouvir no nosso partido é no sentido de assumir o governo ou não. Não assumindo, ser candidato a deputado estadual, para que a gente possa formar uma grande nominata para a Assembleia Legislativa”, afirmou.

Agora RN


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