Este domingo chega com prova, caneta preta e ansiedade a tiracolo. A partir das 13h30, estudantes de todo o país iniciam a maratona do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil. Em Mossoró, 11.574 participantes enfrentarão as questões em 14 locais de prova, espalhados por escolas, universidades e institutos da cidade.
A rotina se repete todos os anos, mas o ritual é sempre novo: o olhar tenso na fila, o último resumo conferido, o lanche cuidadosamente separado. A cidade se transforma em um grande mapa de expectativas. Entre os locais de aplicação em Mossoró estão o Colégio Diocesano Santa Luzia, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Universidade Potiguar (UnP), Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança (Facene), Uninassau e várias escolas estaduais, como o Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho e a Escola Estadual Governador Dix-Sept Rosado.
No Rio Grande do Norte, o Enem será realizado em 41 municípios, incluindo Mossoró, Natal, Caicó, Pau dos Ferros e Parnamirim. No total, mais de 4,8 milhões de pessoas se inscreveram para o exame em todo o país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Horário é regra de ouro
Os portões abrem ao meio-dia e fecham pontualmente às 13h. O início da prova é às 13h30. No primeiro dia, o encerramento acontece às 19h; no segundo, às 18h30. O relógio não perdoa, basta um minuto de atraso para transformar um ano inteiro de estudo em espera.
Neste domingo, 9 de novembro, os candidatos respondem às provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e produzem a Redação, sempre o momento mais temido e mais comentado do dia. No domingo seguinte, 16, será a vez de Ciências da Natureza e Matemática.
Documento na mão, calma no bolso
O edital é claro: documento de identificação oficial e original com foto é obrigatório. Pode ser carteira de identidade, passaporte, CNH (modelo atual), carteira de trabalho, ou documento digital em aplicativos oficiais, como o Gov.br. Boletins de ocorrência, cópias autenticadas, carteiras estudantis e certificados não são aceitos.
O Inep alerta que o mau funcionamento de aplicativos digitais é de responsabilidade do participante, por isso, vale garantir uma opção física. Em casos de documento danificado ou ilegível, a identificação especial será feita no local, com coleta de dados e foto.
Além do documento, o participante deve levar caneta esferográfica preta de material transparente e o cartão de confirmação da inscrição. O básico, mas essencial.
Entre o silêncio e a esperança
Mais do que uma prova que mobiliza milhares de estudantes brasileiros anualmente, o Enem tornou-se um retrato do país. São milhões de histórias comprimidas em um mesmo horário, em carteiras idênticas, diante de folhas ainda em branco, em prol de um objetivo em comum: ingressar no Ensino Superior. Gente que vem de escolas públicas, das comunidades, de cidades do interior, de cursinhos, de casas onde se estuda na mesa da cozinha.
Em Mossoró, o movimento nas ruas vai começar cedo: mães acompanhando filhos, grupos de amigos revisando fórmulas no meio-fio, ônibus lotados rumo às universidades, repetindo o cenário de todos os anos. Lá dentro, quando o fiscal autorizar o início, tudo silencia. E é nesse instante, entre a respiração contida e o primeiro traço da caneta, que o futuro começa a se escrever e as possibilidades são assinaladas.
TCM Notícia



Postar um comentário