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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), a “Operação Berço do Estouro”, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa com sede em São Miguel (RN), especializada na prática de fraudes eletrônicas com o uso de maquinetas e cartões de crédito, em prejuízo de diversas instituições financeiras.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram executados seis mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Distrito Federal, Paraíba e Rio Grande do Norte, além da prisão em flagrante de um dos investigados por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, totalizando sete prisões.

A operação é um desdobramento da “Operação Oeste Estourado”, deflagrada no início deste ano, quando três integrantes da mesma organização criminosa foram presos e apreendidos quase cem cartões de crédito e diversas maquinetas utilizadas nos golpes.

De acordo com as investigações, os prejuízos aos bancos eram causados por meio de falsas contestações de compras, em um golpe conhecido como “fraude do desacordo comercial”. O modus operandi do grupo consistia em utilizar cartões de crédito de terceiros em maquinetas vinculadas a contas próprias, de empresas ou de “laranjas”, simulando transações comerciais. Após o recebimento antecipado dos valores, os titulares dos cartões eram orientados a contestar as compras, gerando o estorno e transferindo o prejuízo às instituições financeiras, uma vez que os valores já haviam sido sacados ou transferidos pelos fraudadores.

As apurações também revelaram que pequenos comerciantes e pessoas físicas eram cooptados pelos líderes da organização, entregando seus cartões e participando das contestações simuladas. Para ampliar a margem de crédito dos cartões, os integrantes do grupo abriam contas em nome de terceiros com o uso de falsos comprovantes de renda e faturamento, contando com a colaboração de uma ex-funcionária de um dos bancos lesados, que foi presa nesta data. Essa ex-funcionária também foi investigada pela PCRN na operação “Select”, que apura fraudes semelhantes em desfavor da mesma instituição financeira.

Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias com valores superiores a R$ 3 milhões, equivalentes ao prejuízo já apurado, e a indisponibilidade de diversos veículos de luxo, adquiridos com os lucros das atividades ilícitas.


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