Por César Santos, de sua coluna no Jornal de Fato
Vamos direto ao ponto: estão de olho gordo no valorizado terreno do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, espécie de galinha dos ovos de ouro do concorrido bairro Nova Betânia, onde se encontra um dos metros quadrados mais caros do Rio Grande do Norte.
A área é avaliada em mais de R$ 45 milhões.
Um negócio e tanto.
Ao mandar a sua bancada na Câmara Municipal de Mossoró aprovar o projeto de permuta do patrimônio público, o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) deu o passo mais largo do seu desejo incontrolável sobre o Nogueirão.
A sua estratégia foi iniciada logo no primeiro ano de sua primeira gestão, em 2021. Ele municipalizou o estádio, em um processo suspeito que está sendo questionado na Justiça, jurando que iria reconstruir o Nogueirão.
Chegou a discursar: “o povo de Mossoró vai ter um estádio bem estruturado.”
Não era essa a intenção, logo estava explorando a boa-fé.
Na verdade, a partir daí, Allyson Bezerra deliberadamente abandonou o estádio dando início ao processo de destruição até fechar os seus portões em 7 de fevereiro de 2024.
Com o Nogueirão destruído, interditado, sem sediar jogos de Potiguar e Baraúnas, ficou fácil para o prefeito justificar a permuta para a iniciativa privada investir na reconstrução. Só que não há qualquer garantia, qualquer informação que passe confiança ou qualquer transparência.
A única coisa que parece nítida são olhos ambiciosos que refletem cifrões.
O pior é que as instituições responsáveis pela preservação do patrimônio público estão de braços cruzados até aqui.
Os desportistas não têm forças para lutar. Sentem-se desprotegidos.
Por gravidade, Allyson Bezerra está com a picareta e pá nas mãos para sepultar o estádio de futebol de Mossoró, sem vergonha de assumir o papel de coveiro do Nogueirão.
E NINGUÉM VAI FAZER NADA?
PS: O artigo não expressa necessariamente a opinião deste Blog.


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