O centro histórico de Mossoró, nas ruas Dr. Almeida Castro e Trinta de Setembro, próximo ao Museu Municipal Lauro da Escóssia, enfrenta problemas que comprometem sua imagem e potencial econômico: crateras nas vias, ausência de pavimentação, calçadas irregulares, iluminação precária e acúmulo de lixo evidenciam o abandono da prefeitura na região.
Até poucas semanas atrás, a situação era ainda mais grave. Imóveis degradados, terrenos baldios tomados por entulho e a presença constante de usuários de drogas, incluindo ex-presidiários com tornozeleira eletrônica, transformavam o local em uma verdadeira cracolândia.
A mudança começou quando 19 empresários e profissionais liberais, entre lojistas, contadores, advogados e engenheiros, passaram a se comunicar por meio de reuniões e grupos de WhatsApp, decidindo agir com recursos próprios. Demoliram imóveis abandonados usados para o tráfico, limparam terrenos, retiraram entulhos, contrataram segurança privada e ampliaram a presença da Polícia Militar, devolvendo mais tranquilidade ao local, hoje livre da venda e consumo de drogas.
O movimento busca revitalizar e tornar a área comercialmente viável, atraindo novos negócios e investimentos. Um marco dessa transformação é a construção de uma agência da Caixa Econômica Federal, já em andamento, vista como estímulo ao comércio e à prestação de serviços.
Apesar dos avanços, a omissão da Prefeitura de Mossoró segue como principal desafio. Em muitos trechos, não há asfalto; o calçamento cedeu lugar ao barro; a maioria das lâmpadas das praças está queimada; e as calçadas nas ruas Trinta de Setembro e Dr. Almeida Castro, que são responsabilidade da prefeitura, estão destruídas, prejudicando a acessibilidade.
Segundo os empresários, várias solicitações já foram encaminhadas às secretarias municipais, sem retorno. O próximo passo será buscar apoio formal do poder público para executar obras de reestruturação viária, ampliar a iluminação e reforçar a fiscalização, consolidando a revitalização dessa importante área central de Mossoró.
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