A tarifa da conta de luz deve ter um reajuste médio de 6,3% em 2025, segundo projeção atualizada da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Os dados constam no boletim InfoTarifa, divulgado na segunda-feira (11), e apontam que a alta da tarifa deve superar a inflação projetada para o ano.
Dois fatores explicam o avanço na tarifa da conta de luz:
- O primeiro é o aumento do orçamento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que teve acréscimo de R$ 8,6 milhões em relação ao previsto anteriormente;
- O segundo está relacionado às condições hidrológicas desfavoráveis, que comprometem a geração de energia por hidrelétricas.
Em julho, a Aneel havia definido o orçamento da CDE em R$ 49,2 bilhões para o próximo ano. O fundo é responsável por custear uma série de políticas públicas no setor elétrico, entre elas a tarifa social da conta de luz para famílias de baixa renda, o programa Luz Para Todos, a geração em regiões isoladas, subsídios a fontes renováveis e compensações para quem produz a própria energia, como usuários de painéis solares.
O financiamento da CDE vem, em grande parte, das cobranças embutidas na conta de luz de todos os consumidores, além de multas aplicadas por órgãos reguladores e aportes do Tesouro Nacional.
Conta de luz e condições climáticas
As condições climáticas também pesam nas projeções para a conta de luz. Segundo a Aneel, a redução das afluências — volume de água que chega aos reservatórios — tem diminuído a capacidade de geração hidrelétrica. Para compensar, o sistema elétrico precisa acionar usinas termelétricas, que têm custos mais elevados.
Com isso, o mês de agosto opera com bandeira tarifária vermelha no nível 2, que representa um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) prevê, no entanto, a possibilidade de retomada da bandeira verde a partir de dezembro, quando se inicia o período úmido e há expectativa de recuperação nos níveis dos reservatórios, favorecendo novamente a geração hidrelétrica.
ICL Notícias
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