Por falta de estrutura e espaço para receber os pacientes no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, as três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) custeadas pela Prefeitura de Mossoró-RN, estão superlotadas de pacientes que deveriam está recebendo os cuidados médicos, com internação, nas unidades de saúde do Estado.
Na prática, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, publicou portaria proibindo os médicos dos hospitais regionais de receber pacientes, quando não tem leito ou estrutura. Na prática, esta portaria fecha as portas dos hospitais regionais, deixando os pacientes no que se convencionou chamar de porta de entrada do SUS, as upas municipais.
Isto tem sido motivo de inúmeras denúncias de familiares de pacientes, especialmente nas áreas de cardiologia e também de familiares de quem sofre Acidente Vascular Cerebral (AVC), pois precisam de socorro rápido para ter chances de cura e não tem acesso ao HRTM, terminando por falecer sem a assistência devida.
Nesta segunda-feira, 2, o secretário Municipal de Saúde, Almir Mariano, divulgou nota expondo a falta de assistência por parte do Governo do Estado e que o município segue cumprindo o seu dever e pede urgência de providências por parte do Governo do Estado, para evitar agravamento da crise assistencial em Mossoró-RN.
NOTA
A Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró informa que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Mossoró operam no limite, sobrecarregadas pela permanência de pacientes que deveriam estar internados em unidades hospitalares de responsabilidade estadual.
Neste domingo, 54 pacientes aguardavam vaga no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), sendo que 19 já estão dentro da unidade, sem acesso a leitos de enfermaria. Ao menos cinco também poderiam ser admitidos no Hospital Rafael Fernandes.
A ausência de leitos de atendimento nos hospitais de referência para transferência nas unidades estaduais tem comprometido o fluxo assistencial e impactado diretamente o SAMU, que sofre com retenção de macas no HRTM.
Mesmo diante desse cenário, o Município de Mossoró segue cumprindo seu dever e reforça a urgência de providências por parte do Governo do Estado para evitar o agravamento da crise assistencial em Mossoró.
Mossoró, 2 de junho de 2025
Almir Mariano
Secretário Municipal de Saúde
Outro lado
O secretário estadual de saúde, Alexandre Motta, disse que a equipe está analisando o caso e que até o final da manhã desta segunda-feira, 2, vai divulgar medidas.
Mossoró Hoje
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