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Vagner Araújo e outros membros da comitiva em bunker, após alerta emitido pelo governo de Israel — Foto: Vagner Araújo/Cedida

O secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, passou parte da madrugada desta sexta-feira (13) em um bunker, um abrigo contra ataques aéreos, após Israel bombardear a capital do Irã, Teerã.

Araújo está em Israel junto com uma comitiva de representantes de cidades brasileiras e de outros países da América Latina, a convite do governo local, para conhecer sistemas de tecnologia em diversas áreas de segurança, de educação, e de cidades inteligentes.

De acordo com ele, por volta das 3h da madrugada no horário local, cerca de 21h da quinta-feira (12) no horário de Brasília, todos os membros do grupo receberam um alerta nos telefones determinando que se dirigissem a um abrigo.

O grupo chegou a Israel no dia 9 de junho e está na cidade de Kfar Saba, na região central de Israel. A princípio, a viagem se encerraria no dia 20.

"Nós recebemos um alerta bastante barulhento no telefone, nos telefones de todo mundo, dizendo para a gente se dirigir imediatamente a um abrigo antiaéreo que tem em vários lugares, inclusive nesse lugar onde a gente está hospedado aqui, que é um uma espécie de um campus universitário. Nós então nos dirigimos para lá e ficamos aguardando notícias. Há nesse momento uma expectativa de que haja uma é, vamos dizer assim, um retorno do Irã. Um ataque de volta contra Israel", afirmou o secretário.

De acordo com o secretário, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que faz parte da comitiva, ligou para o presidente da Câmara, Hugo Mota, relatando a situação e pedindo apoio do governo brasileiro para uma possível retirada da delegação brasileira de Israel.

Vagner explicou que o espaço aéreo do país foi fechado por 48 horas, mas ele acredita que esse tempo deve se estender.

"Quando isso acontece, as companhias aéreas internacionais não operam voos. Mesmo que o espaço seja reaberto, as companhias levam um certo tempo, talvez uma semana, para voltar a operar no país. Dentro das circunstâncias, da gravidade, da tensão que se estabeleceu com esse ataque contra um país com como o Irã - são dois países importantes, com grande capacidade militar e com toda a complexidade que a gente sabe - nós não acreditamos na possibilidade de operação de voos de companhias internacionais nos próximos dias", pontuou.

Apesar da tensão que se estabeleceu no país, o secretário afirmou que a comitiva está tranquila, especialmente porque o grupo não está em uma região central como Tel Aviv, que tem mais propensão a receber ataques.

"É uma região que fica um pouco afastada e isso é um fator de segurança, um fator que nos dá um pouco mais de tranquilidade porque tem menor risco de se tornar alvo de algum ataque", pontuou.

O ataque de Israel ao Irã

As Forças de Defesa de Israel realizaram um ataque no Irã na madrugada de sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. O bombardeio mirou infraestruturas nucleares iranianas. Teerã prometeu responder ao ataque.

A TV estatal do Irã disse que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, morreram nos ataques. Dois cientistas nucleares também foram mortos.

Israel afirmou que o Irã lançou mais de 100 drones contra o território isralense. A população foi orientada a permanecer próxima de abrigos e evitar áreas abertas.

G1/RN


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