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Amostras de água contaminada com cromo hexavalente (à esquerda), hidrocarvão da casca de banana (ao centro) e água descontaminada (à direita). Foto: Eduardo Mendonça/Assecom

A possibilidade de descontaminar a água utilizando resíduos que seriam descartados motivou o pesquisador Daniel Viana de Freitas a desenvolver uma pesquisa que resultou na décima sexta patente obtida pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa).

A carta patente que garante a proteção da ideia pelos próximos vinte anos foi expedida no dia 04 de fevereiro pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Durante o curso de Mestrado no Programa de Pós-graduação em Manejo de Solo e Água (PPGMSA), realizado entre os anos de 2020 e 2022, Daniel encontrou na casca da banana um poderoso descontaminante para a água poluída com cromo hexavalente. Trata-se de um composto cancerígeno resultante de algumas atividades industriais como, por exemplo, a fabricação do couro.

“Nossa ideia era utilizar um resíduo que seria descartado e poderia até prejudicar o meio ambiente, e utilizar esse resíduo para resolver algum outro problema”, afirma o técnico de laboratório e professor permanente do programa de pós-graduação em Manejo de Solo e Água da Ufersa Bruno Caio Chaves Fernandes, que orientou a pesquisa.

Durante a realização do trabalho, a equipe envolvida produziu um hidrocarvão a partir de cascas de banana fornecidas pela empresa de doces Neci, com sede em Mossoró. Com o agente descontaminante pronto, eles simularam a poluição de amostras de água com cromo hexavalente e passaram a observar o potencial de descontaminação dessas amostras com o hidrocarvão.


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