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Representantes dos estados com maior destaque no setor da cajucultura do Brasil estarão reunidos em Mossoró, para debater aspectos gerais do cultivo e traçar estratégias para o fortalecimento do segmento, que tem a região Nordeste como a mais representativa no país, com 99% de toda a produção nacional. O grupo participará do Caju Conecta, promovido pela Embrapa Agroindústria Tropical, com o apoio do Sebrae no Rio Grande do Norte e outros parceiros, entre os dias 29 e 31 deste mês, em ações conjuntas com o intuito de apontar alternativas para a modernização e a sustentabilidade da cajucultura.

Para isso, o Caju Conecta terá programação diversa, com visitas técnicas para apresentação de experiências exitosas nos municípios potiguares de Apodi e Severiano Melo (dia 29) e Serra do Mel (dia 31). O evento terá, ainda, apresentações cientificas, palestras e mesas-redondas para discutir o futuro da cajucultura no Brasil, ao longo de toda a quarta-feira (29), no auditório da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).

Participarão do evento representantes da cajucultura de estados como Ceará, Piauí, Paraíba, Bahia, Acre, entre outros. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Gustavo Saavedra, o Caju Conecta, que está em sua segunda edição, é estratégico para o crescimento do setor. Com esse propósito, o evento apontará caminhos para atualização dos conceitos de produção, segundo o especialista, essencial à manutenção da atividade.

“Reuniremos produtores de diferentes estados e regiões para mostrar como a cajucultura pode sair do conceito de produção extrativista do cajueiro gigante para um conceito de uma agricultura tecnificada do cajueiro anão. Os produtores precisam entender que não basta só plantar o cajueiro anão. Isso eleva um pouco a produtividade, mas não se alcança valores de produção que realmente tragam renda para o produtor”, explica Saavedra.

Relevância nacional

Segundo dados do IBGE, o Rio Grande do Norte produziu, em 2023, pouco mais de 32 mil toneladas de castanha de caju. O volume representa um quarto da produção nacional, que foi de 127 mil toneladas. Para o gestor de Fruticultura do Sebrae RN, Franco Marinho, o Caju Conecta se une a uma série de ações desenvolvidas pelo Sebrae RN junto a 650 produtores potiguares, com vistas à promoção de melhorias na cajucultura no estado. A soma de esforços, destaca ele, deve ter reflexos diretos no aumento da produtividade da cajucultura potiguar nas próximas safras.

"O Rio Grande do Norte está em curva de expansão na cajucultura e, entre as iniciativas que o Sebrae RN desenvolve ao longo de todo o ano, ações como o Caju Conecta chegam para beneficiar fortemente toda a cadeia produtiva da cajucultura. Com isso, nossa expectativa é que o setor no estado siga adotando as inovações tecnológicas para crescer e alcançar patamares ainda mais elevados dentro do cenário nacional", pontua Franco Marinho, gestor de Fruticultura do Sebrae RN.



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