Um homem de 18 anos, suspeito pelo feminicídio da mãe, identificada como Gecinalda Dantas, de 52 anos, conhecida como "Naldinha", será autuado pela Polícia Civil por homicídio qualificado. O caso aconteceu no dia 11 de agosto em Caicó, cidade do Seridó potiguar.
Após conclusão do inquérito, que possui mais de 400 páginas, o jovem será qualificado em razão do feminicídio, motivo torpe e meio cruel. Segundo a investigação, a motivação do homicídio foi dinheiro.
No dia do crime, a vítima teria descoberto que o filho estava movimentando suas contas bancárias sem que ela soubesse. Gecinalda foi morta a facadas e ferida com outros objetos cortantes pelo seu filho, dentro de casa em Caicó.
A investigação
Em 2 de agosto de 2022, Gecinalda Dantas registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) após perceber que havia sido retirado um valor considerável de sua conta bancária, de aproximadamente R$ 31 mil.
Ela informou na delegacia que não teria movimentado a conta para a retirada do dinheiro. O filho também negava participação nos saques.
“Vimos extratos bancários e constatamos que ele realmente estava subtraindo o dinheiro da conta da sua mãe, e repassando para sua conta por meio de pix”, afirmou o delegado André Oliveira, responsável pelo caso.
Na quinta-feira, dia em que aconteceu o crime, Gecinalda esteve na agência bancária, por volta de 12h, para reclamar que estava buscando contato com o banco e não estava sendo respondida.
Ao verificar a situação, foi constatado que o contato da agência estava bloqueado em seu celular e que havia outro número se passando pela mulher. Foi constatado que o contato que estava se comunicando com o banco estava em posse do filho da vítima. Ele seguia movimentando valores na conta da mãe por meio de um aplicativo no celular.
"Possivelmente Gecinalda, no primeiro encontro que teve com o filho, quis confrontá-lo e aí efetivamente aconteceu o crime", afirmou o delegado André Oliveira.
Ainda na investigação, o delegado apontou que, em seu ciclo social, o suspeito tinha um comportamento mentiroso sobre a sua verdadeira fonte renda.
"Observamos que ele é dissimulado. Sobre como tinha o dinheiro que gastava, aos amigos ele dizia que trabalhava com a mãe vendendo redes, para os familiares dizia trabalhar como jovem aprendiz em um banco", afirmou.
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G1/RN
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