O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, empresário do ramo de vestuários em Santarém, no Pará, e que reside num apartamento alugado em Brasília desde que Bolsonaro perdeu as eleições, usou explosivos que conseguiu em garimpos para tentar explodir um caminhão em Brasília, por não concordar com o resultado das eleições.
Ao ser preso, os policiais civis da capital federal apreenderam com ele um fuzil de longo alcance, duas espingardas calibre 12, revólveres, mais de mil munições e mais explosivos. O material de guerra estava na camionete do criminoso.
Em depoimento à Polícia Civil de Brasília, ele admitiu a motivação política do atentado, que pretendia explodir um caminhão no aeroporto de Brasília.
"Ele estava em uma camionete, carro próprio, e trouxe os armamentos por lá. Mas as emulsões explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Será investigado quem enviou, mas de antemão elas são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará, mas iremos investigar essa conexão", falou o diretor geral da Polícia Civil Robson Cândido.
"Se esse material adentrasse o Aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar", disse Robson Cândido ao jornal Correio Braziliene, que acompanha o caso desde o primeiro momento.
"Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no QG", disse Robson Cândido.
George Oliveira (foto acima) usou o registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC), já dentro das normas flexibilizadas por Bolsonaro, para comprar o arsenal de armas e munições encontrados pela Polícia no carro dele. O delegado que efetuou a prisão, no entanto, ressaltou que todo o material bélico estará fora das normas e o criminoso vai responder pelos crimes de terrorismo perante a justiça.
O caso
No início da tarde de sábado, 24, a Polícia foi acionada por um funcionário da Inframérica com a informação de que um caminhão deixou uma caixa suspeita perto da pista. Fecharam os acessos e chamaram a polícia. O Esquadrão Antibombas de Brasília desativou o artefato explosivo e a Polícia Civil entrou em ação e prendeu George Oliveira no início da noite. Na delegacia, o criminoso confessou o crime.
Com informações do Correio Brasilienze e Metrópole



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