Os professores e professoras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) estão sendo convocados para participarem na manhã desta terça-feira, dia 6, de assembleia na Associação dos Docentes da UERN – ADUERN, para decidir se entram em greve ou não. Eles querem implantar o Plano de Cargo, Carreira e Remuneração dos Professores, o que segundo a reitora Cecília Maia, está fora da realidade da universidade.
A assembleia e os debates sobre a possibilidade de uma greve tem como principal motivação a falta de acordo entre a categoria e a Reitoria da universidade no que se refere ao reajuste salarial para 2023, pauta que foi discutida com o Governo do Estado. A Reitoria oferece 5% de reajuste e a categoria reivindica pelo menos 15% de aumento.
Os professores e professoras da UERN estão há mais de 10 anos sem receber nenhum tipo de reposição salarial e a expectativa da categoria era que, com a chegada da autonomia financeira na instituição, parte desse prejuízo começasse a ser dirimida pela administração da central. Na contramão disso, não tem havido diálogo para melhorar a proposta apresentada inicialmente.
Outro ponto nevrálgico na mobilização docente se refere ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Aprovado no início de 2022, o plano não atendeu às expectativas da grande maioria dos professores e professoras, e muitos sequer receberam qualquer tipo de incremento em seus salários. A categoria aponta que uma série de alterações precisam ser feitas para que o PCCR de fato beneficie professores e professoras.
“Nenhum professor ou professora quer uma greve. Esta é uma estratégia que só é colocada na mesa quando todo o diálogo já foi encerrado. Nós temos tentado mostrar à Reitoria que a proposta apresentada não contempla a realidade da categoria. E esperamos que isso possa ser resolvido sem a necessidade de uma paralisação, mas precisamos que haja flexibilidade da parte de lá também”, destacou o presidente da ADUERN, Neto Vale.
A reitora da UERN, Cecília Maia, ressaltou em entrevistas à imprensa mossoroenses que o pedido da ADUERN é justo, porém fora da realidade financeira da instituição. Cecília também ressalta que a autonomia financeira conquistada recentemente é a maior conquista da instituição desde sua criação e que boa parte dos professores reconhecem.
Mossoró Hoje
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