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A Rússia e os Estados Unidos têm, juntos, 89,7% das armas nucleares do mundo. No total, os 2 países concentram 11.527 ogivas nucleares, sendo 5.977 do governo russo e 5.550 do governo norte-americano, até fevereiro de 2022.

Contando com os outros 2 países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que também têm armas nucleares, a Rússia é ultrapassada, ainda que por pouco. Com os arsenais nucleares mantidos pela França e pelo Reino Unido, 290 e 225, respectivamente, o total da organização vai a 6.065.

Os dados incluem informações oficiais de cada país que mantém esse tipo de arsenal, além de estimativas de especialistas do setor.

O Boletim de Cientistas Atômicos mais recente foi lançado em 25 de fevereiro de 2022, sobre o arsenal russo. O sobre as armas norte-americanas foi publicado em 26 de janeiro de 2022. 

No último domingo (27.fev), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, colocou as equipes de armas nucleares do país em posição de alerta. O líder afirmou que a motivação foi as “declarações agressivas” da Otan, além de sanções financeiras anunciadas por países do Ocidente por causa da guerra russa contra a Ucrânia.

Os Estados Unidos declararam que a ação de Putin é “inaceitável” ainda no domingo (27.fev). A Ucrânia afirmou, na ONU, que acionar o sistema de armas nucleares é “loucura”.

Além das armas nucleares de cada país, segundo os cientistas nucleares, as nações que fazem parte da Otan e não possuem arsenal próprio permitem que ogivas nucleares dos EUA fiquem em seu país. São 100 bombas gravitacionais nucleares norte-americanas implantadas na Itália, Alemanha, Turquia, Bélgica e Holanda.

Na 3ª feira (1º.mar), o chanceler russo disse que a existência de armas nucleares norte-americanas na Europa é “inaceitável”. Afirmou que “chegou a hora delas serem retiradas”.

Em janeiro de 2022, a Rússia, os Estados Unidos e outros países assinaram uma declaração conjunta para prevenir a guerra nuclear e evitar corridas armamentistas. As nações afirmam que uma guerra nuclear “não pode ser vencida” e que “nunca deve ser travada”.

O presidente norte-americano Joe Biden disse na 2ª feira (28.fev) que norte-americanos não precisam temer guerra nuclear.

Cientistas nucleares indicam que o uso de armas nucleares em uma guerra pode escalar de um desastre local para uma catástrofe local rapidamente. “Milhões, talvez dezenas de milhões, morreriam nos primeiros 45 minutos”, afirma a Associação de Controle de Armas.

E mesmo aqueles que sobrevivessem teriam que lidar com as consequências. Entre elas, a radiação nuclear, que pode causar desde doenças graves até a morte, além da destruição de infraestruturas básicas de internet, energia elétrica, saúde, transporte, alimentação e finanças.

Poder 360


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