O apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, foi desligado do podcast Flow na terça-feira (08), após dizer na véspera que concordava com a existência de partido nazista no Brasil. Na gravação do programa com os deputados Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos), Monark disse ainda que quem é “antijudeu” deveria ter o direito de mostrar-se assim. Em razão disso, patrocinadores repudiaram a fala e encerram contratos. No episódio, já excluído do YouTube, Tabata discordou, afirmando que a liberdade individual termina a partir do momento que fere a de outra pessoa.
“Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei“, disse Bruno. “As pessoas não tem direito de ser idiotas? A gente tem que liberar tudo“, acrescentou ao ser questionado por Tabata Amaral sobre os limites que ele estaria ultrapassando. “A questão é: se o cara quiser ser um anti-judeu ele tinha que ter direito de ser“, complementou.
O desligamento do locutor foi apoiado pelo coletivo Judeus pela Democracia:
“Já foi tarde. Não foi a primeira vez que o apresentador defendeu discurso de ódio em nome de uma suposta liberdade de expressão. Esperamos que o Flow tenha aprendido a lição e que repita a atitude quantas vezes for necessário, seja o crime contra o grupo for”, afirmou o perfil no Twitter.
Outras entidades como o Museu do Holocausto, Insitituto Brasil-Israel, Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Federação Israelita Paulista e o coletivo Judeus pela Democracia também se pronunciaram nas redes sociais em repúdio à declaração de Monark.
Diante da repercussão, o apresentador gravou um vídeo em que justificou sua declaração afirmando que estava bêbado e se desculpando.
O Globo
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