Cacim

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Os analistas do mercado financeiro revisaram para baixo pela 8ª semana consecutiva a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021. Antes previsto em 4,78%, agora o crescimento econômico é esperado em 4,71%.

O mesmo movimento foi registrado nas estimativas do PIB de 2022. Pela 9ª semana consecutiva, o crescimento esperado diminuiu e chegou a 0,51%.

A média das estimativas foi divulgada nesta 2ª feira (6.dez.2021) no Boletim Focus do BC (Banco Central). 

O Boletim Focus traz semanalmente a compilação das perspectivas dos operadores do mercado em relação aos principais indicadores da economia.

As novas revisões vêm depois da queda registrada no 3º trimestre, de 0,1%. Com o resultado, o Brasil entrou em recessão.

Para 2022, segundo o BC e o Ministério da Economia, o PIB deve crescer 2,1%. Mas o próprio Banco Central já fala em revisar o crescimento do ano que vem com um “viés de baixa”.

Ao mesmo tempo em que os analistas econômicos indicam que o crescimento econômico será menor do que o esperado, a inflação também deve continuar a pressionar a economia e o bolso dos brasileiros.

O mercado financeiro atualizou a previsão da inflação, que teve alta pela 35ª semana consecutiva. Antes previsto em 10,15%, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2021 agora é estimado em 10,18%.

Para o ano de 2022, a escalada das previsões da inflação também continua. A estimativa foi a 5,02%. Com isso, o IPCA é previsto acima do teto da meta do BC —  a meta é de 3,5%, com intervalo de 2% a 5%.

O BC já abandonou a meta de 2021 e reconheceu que não será possível atingir o objetivo, que era de 3,75% e poderia chegar a 5,25%. Mas ainda tenta controlar o cenário econômico para frear a inflação oficial de 2022.

A aposta do mercado de alta da  taxa básica de juros continua. Segundo as estimativas, a Selic vai ficar em 9,25% até o final de 2021 e em 11,25% para 2022. O próximo encontro para decidir a política monetária começa na 3ª feira (7.dez) e a alteração deve ser divulgada na 4ª feira (8.dez).

Sobre o dólar, os analistas aumentaram a previsão para R$ 5,56 em 2021 e R$ 5,55. Antes era de R$ 5,50.



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