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Com o intuito de promover a conscientização sobre os cuidados com a saúde masculina, inicia nesta segunda-feira, 1º, mais uma edição do Novembro Azul. Durante todo o mês diversas ações são realizadas a respeito do câncer de próstata, que afeta a população masculina.

Dados da Coordenadoria do Registro Hospital (CRH) da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMEEC) mostram que o número de óbitos pela doença, segundo a causa básica, em Mossoró no ano passado foi o maior dos últimos cinco anos.

De acordo com o levantamento, em 2020 morreram 35 homens em decorrência das complicações do câncer de próstata. O ano com o menor número de óbitos pela doença neste período foi 2016. Naquele ano, 19 homens perderam a vida. Entre 2017 e 2019, o número oscilou em 31 (2017), 34 (2018) e 29 (2019). Nos últimos cinco anos foram registrados na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte 148 mortes por câncer de próstata.

A LMECC diagnosticou e tratou 582 casos da doença entre os anos de 2016 a 2020. O maior número ocorreu em 2018, quando foram registrados 141 casos de câncer de próstata no município. No ano seguinte foram 122. O menor número aconteceu no ano passado. Foram ao todo 98. A Liga destaca que esse número de 2020 pode ser ainda maior por conta do banco de dados está em processo de consolidação dos dados.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Em Mossoró, o maior número de casos está entre a faixa etária de 70 a 74 anos. Ela teve 150 casos confirmados da doença no período de cinco anos. Depois, homens com mais de 80 anos somam 110 notificações.

Todas as outras faixas etárias tiveram menos de 100 casos. Entre 45 a 49 anos foram 9 casos confirmados. Já entre 50 a 54 anos são 16. Com 47 casos está a faixa etária de 55 a 59 anos. De 60 a 64 anos são 65 casos. Já a faixa etária de 65 a 69 anos foram 96 casos.

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

PRÓSTATA E O CÂNCER

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

TRATAMENTO

Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados.

Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico.

Jornal De Fato



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