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A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) confirmou que pelo menos 12 presos fugiram na madrugada deste sábado (17) da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, o maior complexo penal do estado.

Esse é o primeiro registro de fuga na unidade prisional em três anos. As polícias Militar e Penal foram acionadas para buscas na região e para a recontagem dos apenados do presídio.

Segundo a Seap, os presos fugiram pelo sistema de ventilação da cela, que fica no banheiro. Eles ampliaram o espaço da abertura com um vergalhão da cama.

Já do lado de fora da cela, os apenados usaram uma teresa (corda feita de lençóis amarrados) para passar pela muralha da penitenciária.

De acordo com a secretaria, os presos são todos da cela 9 da ala A do Pavilhão 4. Ao todo, a cela tinha 22 detentos - 10 deles não fugiram. A cela é a mais próxima da muralha por onde eles escaparam.

A pasta disse que o Pavilhão 4 abrigava 738 presos antes da fuga. Já a Penitenciária de Alcaçuz tinha 1.649 presos.

Última fuga

A última fuga no presídio havia sido em fevereiro de 2018, quando Francisco Carlos dos Santos, de 34 anos, que era considerado um preso de "confiança", escapou. Ele era qualificado para trabalhar na cozinha e como auxiliar de serviços gerais e foi recapturado no mesmo dia em Parnamirim.

Antes desse acontecimento, a última fuga ocorreu em janeiro de 2017 durante a rebelião que culminou com a morte de 26 detentos. Daquela vez, o governo confirmou que 56 apenados fugiram de Alcaçuz.

Penitenciária Estadual de Alcaçuz

Em maio deste ano, o governo do RN anunciou um investimento de R$ 7,6 milhões para a implantação de um sistema eletrônico de segurança inteligente que atua de forma integrada em todos os presídios do estado, sendo Alcaçuz uma das primeiras unidades agendadas para receber a tecnologia.

Criada em 1998, a Penitenciária de Alcaçuz seria a solução para acabar com os problemas gerados pela Penitenciária Central Doutor João Chaves, conhecida por “Caldeirão do Diabo”, na Zona Norte de Natal.

Em 2017, a unidade passou pela sua pior crise em uma rebelião que terminou com a morte de 26 presos e a fuga de outros 56.


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