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A CPI da Covid retoma a agenda da semana nesta terça-feira (22) com foco nas investigações do “gabinete paralelo”, grupo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro com diretrizes diferentes do Ministério da Saúde sobre a gestão da pandemia de covid-19. O primeiro depoimento é o do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).

O parlamentar é o primeiro integrante da Câmara dos Deputados a comparecer ao colegiado. Inicialmente, o deputado foi convocado para a CPI como testemunha, mas após um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ele será ouvido pelos senadores como convidado. 

Osmar Terra é médico de formação e foi ministro da Cidadania no início do governo de Jair Bolsonaro. Para o combate da covid-19 ele chegou a defender a imunidade de rebanho e remédios sem eficácia comprovada para o tratamento do novo coronavírus. Terra também chegou a fazer diversas manifestações negacionistas sobre a pandemia de covid-19, entre elas previsões do fim da pandemia em dois meses que ela havia começado. Os senadores devem questionar sobre as teorias do deputado  e se elas influenciaram nas decisões do presidente da República.

Omar Aziz afirmou que os requerimentos que seria votados hoje, passaram para quarta-feira (23). A comissão também utilizou o início da sessão para referendar a lista de 14 investigados pelo colegiado. A base governista tentou excluir do rol de investigados o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após requerimento apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Negacionismo

Durante sua fala inicial, o deputado voltou a defender argumentos negacionistas. Também disse que, em outros países, os presidentes tiveram liberdade para gerir a pandemia, diferentemente do Brasil. Osmar Terra voltou a usar argumento falso de que o STF tirou a responsabilidade do governo federal para transferir responsabilidades na condução da crise da pandemia para governadores e prefeitos.

Apesar disso, Osmar disse: "Não sou negacionista, mas temos que ver qual a melhor forma de salvar vidas".

A sessão foi marcada desde o início por debates tensos entre membros da comissão e o convidado. Senadores governistas, como Luis Carlos Heinze, defenderam o número de pessoas recuperadas pela covid-19, o que gerou debate com o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues.

Osmar Terra negou a existência do gabinete paralelo e disse que os argumentos que utiliza são próprios e que nunca falou sobre imunidade de rebanho com Jair Bolsonaro.

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