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O IDE (Investimento Estrangeiro Direto, na sigla em português) caiu 62% no Brasil em 2020, de acordo com o Monitor de Tendências de Investimentos Globais, divulgado nesta 2ª feira (21.jun.2021) pela Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, na sigla em português) – braço das Nações Unidas. 

Em 2020, o Brasil recebeu US$ 25 bilhões, que corresponde ao menor valor nos últimos 20 anos, ante US$ 65 bilhões no ano anterior. A queda é atribuída pelo documento ao desaparecimento de investimentos para extração de petróleo e gás natural, fornecimento de energia e serviços financeiros.

Com isso, o Brasil despencou da 4ª posição em 2019 no ranking global de países que mais recebem investimento estrangeiro para a 11ª.

Apesar de ser um dos mais impactados, o país não foi o único. Devido à crise provocada pela covid-19, a queda global do fluxo de investimentos foi de 35% em 2020, voltando ao patamar de 2005. No total, os investimentos passaram de US$ 1,5 trilhão em 2019 para US$ 1 trilhão neste ano.

O relatório aponta os fechamentos realizados para a contenção da pandemia do novo coronavírus como responsáveis pela redução dos projetos de investimento vigentes e por uma revisão dos novos projetos. Esse impacto foi concentrado no primeiro semestre de 2020.

A queda mais acentuada no IED ocorreu nas economias desenvolvidas, que despencou 58%. Em relação às economias em desenvolvimento, como o Brasil, a redução foi moderada, de 8%, por conta de investimentos remanescentes no continente asiático.

Na América Latina, o Chile também registrou queda acentuada, na casa dos 33%, 46% na Colômbia, e 38% na Argentina. A África teve uma queda menor, de 16%, enquanto a Ásia viu os investimentos crescerem 4%.

Já entre as economias desenvolvidas, o maior impacto foi na Europa, com uma queda de 80% nos investimentos diretos, seguida pela América do Norte, que registrou -42%.

PROJEÇÕES

A expectativa global é que os investimentos cresçam entre 10% e 15% em 2020. A recuperação, no entanto, só é esperada para 2022, quando se estima que fluxo retorne ao patamar de 2019, a US$ 1,5 trilhão, mas deve ser desigual.

Ainda segundo o relatório, as economias desenvolvidas devem puxar a retomada, os investimentos para a Ásia devem se manter, enquanto uma recuperação substancial para a África e para a América Latina é improvável no curto prazo.

O relatório reconhece que os novos dados mostram que a produção internacional, considerada um motor de crescimento e desenvolvimento econômico global, foi gravemente afetada, pois a crise reverteu o progresso feito na redução da lacuna de investimento e a recuperação exige a renovação do compromisso da realização de esforços para acontecer. O foco principal agora está no processo de recuperação, reacendendo a economia e tornando os investimentos mais sustentável e resistente a impactos futuros.

Poder 360


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