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Assim como ocorreu na capital do estado, o preço da gasolina também foi reajustado em Mossoró. A partir das primeiras horas desta sexta-feira (6), os consumidores se depararam com um aumento que chegou a ser de R$ 0,20 em alguns postos de combustíveis. Agora, o litro da gasolina comum está sendo vendido a R$ 4,74, em média.

Até a última quinta-feira (5), a média do preço do combustível era de R$ 4,56, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Essa média estava se mantendo havia algumas semanas, mesmo com o anúncio do aumento feito pela Petrobras, no início do mês de novembro.

O aumento do preço dos combustíveis em Mossoró ocorreu três dias após uma disparada no preço do produto em Natal. Na capital do estado, a gasolina chegou a custar R$ 4,99 em alguns postos. Em Mossoró, embora a média identificada pela reportagem seja de R$ 4,74, alguns postos estão comercializando o produto a R$ 4,79 o litro.

Esta não é a primeira vez que o preço dos combustíveis em Mossoró chega próximo dos R$ 5,00. Nos meses de maio e junho deste ano, o litro da gasolina chegou a custar R$ 4,90, em média. Após esse período, mais precisamente entre os meses de julho e agosto, a gasolina teve uma leve queda no preço, mantendo-se, até a última quinta-feira, numa média de R$ 4,60 por litro.

A alta do preço dos combustíveis começou a ocorrer no final do mês de novembro e foi a segunda anunciada pela Petrobras em um período de uma semana. Esse aumento se deu devido à valorização do dólar em relação ao real. Nesta semana, também foi anunciado o reajuste de 2% no preço do diesel.

Com esse reajuste, a gasolina na refinaria ficou em R$ 1,92 por litro – valor mais alto desde o final do mês de maio, quando o produto chegou a custar R$ 1,95 por litro nas refinarias. O repasse de ajustes de valores nas refinarias aos consumidores finais nos postos depende de diversos fatores, como margens de revendedoras e distribuidoras, misturas de biocombustíveis e impostos.

Semanalmente, a ANP realiza um levantamento sobre o preço dos combustíveis nas cidades brasileiras. No Rio Grande do Norte, a Agência analisa o preço dos produtos em quatro cidades (Mossoró, Natal, Parnamirim e Caicó). De acordo com o último levantamento, realizado na semana passada, as cidades de Natal e Parnamirim tinham o maior preço médio da gasolina do estado (R$ 4,65 e R$ 4,62, respectivamente).

Em Mossoró, a ANP vistoria 17 postos de combustíveis, localizados em bairros diferentes da cidade. O último levantamento apontou que a variação de preço da gasolina nos postos analisados chega a ser de R$ 0,10, em que o produto era vendido a R$ 4,54 em alguns locais e a R$ 4,64 em outros. Após o aumento desta sexta-feira, a reportagem percebeu que a média dos preços é de R$ 4,74, embora alguns postos vendam o combustível a R$ 4,70 e outros a R$ 4,79, o litro.

Reajuste dos combustíveis interfere na economia

Desde a semana passada, após o reajuste no preço dos combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras, os postos de combustíveis de várias cidades estão repassando o aumento para o consumidor final. Esse reajuste acaba interferindo todo o serviço de transporte de mercadorias, já que no Brasil, ele é feito principalmente por via terrestre.

O petroleiro Walter Dantas lembrou que esse reajuste de quase R$ 0,20 nos postos de Mossoró não interfere apenas no bolso dos condutores de carro de passeio, mas também em muitos serviços que são prestados por meio dos veículos. “Quando o combustível aumenta, todos os serviços tendem a aumentar, porque a maior parte dos nossos produtos são transportados por caminhões”, disse.

Walter Dantas relatou ainda que o preço que é praticado nos postos de combustíveis de Mossoró é desproporcional, por levar em consideração que o município é um dos maiores produtores em terra do petróleo. Ele lembra ainda que em outras cidades do interior do estado, os consumidores conseguem encontrar a gasolina a um preço mais em conta do que em Mossoró.

“Esse preço é algo desproporcional. Por trabalhar na área do petróleo, sabemos que nossa região é a maior produtora de petróleo em terra. Então, subentende-se que o produto teria de ser mais barato. Essa desproporcionalidade é tanta que vemos preços mais em conta em cidades do interior, longe de Mossoró, enquanto aqui o preço é bem maior”, disse o petroleiro.

Ele comentou também que falta uma fiscalização efetiva sobre o preço dos combustíveis e, principalmente, a desproporcionalidade no reajuste, quando é para o aumento e para a redução do preço. “Quando o reajuste causa a redução do preço, os postos baixam poucos centavos depois de dias do anúncio, mas quando o reajuste é para o aumento, os postos não aguardam tanto tempo assim”, finalizou o petroleiro.

Jornal De Fato


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