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O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, exilado no México, denunciou crimes contra a humanidade cometidos durante a violenta repressão policial e militar no país, mergulhado há quase um mês numa grave crise.

Numa rede social, Morales exigiu que o "governo de fato" de Jeanine Áñez faça a identificação dos autores intelectuais e materiais das 24 mortes registradas nos últimos cinco dias. "Denuncio perante a comunidade internacional estes crimes contra a humanidade que não devem ficar impunes", disse.

O ex-chefe de estado acusou ainda o advogado de defesa do "rebanho", que não mencionou, de tentar justificar "a repressão armada" e argumentou que a polícia e as forças armadas "têm o dever constitucional, ético e moral" de proteger a vida da população.

De acordo com a Defensoria do Povo Boliviano, o número de mortos durante quase um mês de conflito aumentou para 23 e o total de feridos em vários confrontos ultrapassou os 700.

Responsabilidade criminal

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, assinou um decreto que isenta as forças armadas do país da responsabilidade criminal se participarem de operações para restaurar a ordem interna e a estabilidade pública.

A renúncia de Morales, em 10 de novembro, surgiu após pressão dos militares. A oposição a Morales alegou fraude eleitoral na eleição de 20 de outubro, e não aceitou o resultado.

Com informações da Agência Brasil


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