Festa reuniu milhares de pessoas e ocorreu sem incidentes até o final,
quando a polícia usou bombas para dispersar a multidão no Centro do Rio. Vinte
e três pessoas foram atendidas em hospitais, segundo a secretaria de Saúde.
Ninguém se feriu com gravidade.
O desfile do Flamengo para comemorar o título da Libertadores terminou
em confusão no Centro do Rio. Vinte e três pessoas foram atendidas em
hospitais, de acordo com a secretaria de Saúde. Ninguém se feriu com gravidade.
A Polícia Militar lançou bombas de gás para dispersar a multidão após o
trio elétrico que levava o time do Flamengo deixar a Avenida Presidente Vargas,
na altura do monumento a Zumbi dos Palmares.
A confusão começou por volta das 16h15 assim que o trio que levava os
atletas entrou na Rua de Santana e o som foi desligado.
Houve correira com alguns torcedores no chão e muitas crianças ficaram
no meio do tumulto. Pais e mães relataram que os filhos passaram mal com o
cheiro forte do gás.
Durante a confusão alguns pontos de ônibus foram depredados e torcedores
foram socorridos para os hospitais.
*G1
Armas e bombas de gás no enfrentamento
Durante cerca de 30 minutos, torcedores e policiais se enfrentaram no
meio da Presidente Vargas. Policiais e agentes apontaram armas contra os
torcedores que ainda estavam na avenida no meio do confronto.
Segundo a PM, 1.300 policiais atuaram no esquema de segurança montado
para receber os jogadores no Centro do Rio.
A corporação informou que foi atacada com diversos objetos como
garrafas, pedras e pedaços de madeira, e que por isso, teve que usar armas de
menor potencial ofensivo para proteger os policiais e para controlar as pessoas
que avançavam para o local interditado.
O porta-voz também comentou sobre os policiais terem apontado armas para
os torcedores.
“Acompanhei algumas imagens de policiais militares apontando armas para
torcedores. As armas utilizadas foram as de menor potencial ofensivo, gás
lacrimogênio, spray de pimenta. No entanto, o policial militar dispõe de seu
armamento e pode utilizá-lo durante uma abordagem, caso ele se sinta ameaçado.
Caso tenha ocorrido algum excesso, ele irá responder por isso.”
Em entrevista à TV Globo, o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, disse
que os policiais que atuavam na região identificaram algumas pessoas como
agressores e torcedores banidos de uma torcida organizada.
Ainda segundo o coronel, não houve desvio na rota
dos jogadores durante o percurso. Segundo ele, a estátua de Zumbi fica próxima
da Rua de Santana por onde o trio seguiu até o Batalhão de Choque, na Rua Frei
Caneca.
"Foi uma agressividade de vândalos que queriam continuar seguindo o
trio até o limite estabelecido pelo planejamento que era aquele. A PM foi
agredida e precisou revidar a injusta agressão. "
Do BPChoque os jogadores seguiram de ônibus para o Ninho do Urubu, na
Zona Oeste da cidade. Alguns jogadores e o técnico Jorge Jesus tiraram fotos
com policiais no interior do batalhão.
A situação ficou mais tranquila por volta das 17h10, mas ainda com
muitos policiais no Centro. O trânsito na Av. Presidente Vargas começou a ser
liberado por volta das 17h30.
Atropelamento no meio do tumulto
No meio do tumulto, um carro a serviço da prefeitura atropelou um
agente.
Em nota, a Guarda Municipal informou que o guarda identificado como João
Roberto Costa, 31 anos, do Grupamento Tático Móvel (GTM), foi levado para
Unidade de Pronto Atendimento da Tijuca, Zona Norte, onde recebeu atendimento.
Segundo a corporação, ele fez exames e não foram constatadas fraturas.
Ele sofreu escoriações no braço esquerdo e na perna com a queda após o acidente
e passa bem.
De acordo com a GM, um grupo grande de torcedores começou a atirar
pedras e garrafas contra a equipe, quebrando os vidros da viatura. Para
proteger os outros agentes e os torcedores, o motorista precisou sair com muita
rapidez do local e deu a ré que acabou atingindo o agente que estava atrás do
veículo.
A corporação disse tratar "o acidente como um fato isolado",
mas informou que vai intensificar junto ao motorista, o treinamento técnico
tático que já faz parte da rotina diária dos agentes que atuam em controle de
distúrbio.
Festa dura 4 horas
Torcedores do
Flamengo começaram a se reunir no Centro do Rio na manhã deste domingo (24)
para a festa do bicampeonato na Libertadores. O time carioca derrotou o argentino River Plate por 2 a 1 no
Estádio Monumental de Lima, no Peru, neste sábado.
O desfile em carro
aberto com a equipe vitoriosa começou pouco antes das 13h diante de uma
multidão na região da Candelária.
O time deixou a
capital peruana na madrugada deste domingo e desembarcou às 10h32 no Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador.
Antes do desembarque,
o atacante Gabigol, ídolo dos dois gols da vitória, estendeu a bandeira rubro-negra
da janela da cabine do piloto diante da imprensa e funcionários do aeroporto
eufóricos.
Ao meio-dia, o time
vitorioso deixava o terminal aéreo dentro de um ônibus estilizado, para depois
desfilar em carro aberto pela cidade. No caminho em direção ao centro do Rio,
ainda na Ilha do Governador, torcedores já invadiam as ruas e estendiam
bandeiras.
Por volta de 12h30, a
equipe do Flamengo estava sobre o trio elétrico no Centro da cidade segurando a
taça, para em seguida iniciar o trajeto em frente à Igreja da Candelária. Pela
Avenida Presidente Vargas, seguindo até o monumento Zumbi dos Palmares, o
percurso é de cerca de 2,5 quilômetros.
O trio elétrico era
protegido por uma equipe de seguranças, que faziam barreira para permitir que o
veículo seguisse o trajeto no meio da multidão.
Flamenguistas
acenavam para os jogadores e puxavam o hino e os cantos da torcida.
Torcedores tentavam
acompanhar a festa do alto dos prédios e até pendurados em andaimes instalados
em edifícios na Avenida Presidente Vargas.
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