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O então deputado federal Candido Vacarezza fala durante entrevista na Câmara dos Deputados, em Brasília, em 2011 (Foto: Janine Moraes/Câmara dos Deputados/Arquivo)

ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados Cândido Vaccarezza, que deixou o PT, foi preso nesta sexta-feira (18) em São Paulo. Ele é alvo da Operação Abate, uma das duas novas fases da Operação Lava Jato deflagradas nesta manhã.

A prisão é temporária, válida por cinco dias. Ele deixou seu apartamento, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, por volta das 10h. Acompanhado de agentes da PF, ele entrou em uma Pajero preta e deve seguir para Curitiba ainda nesta sexta. O G1 tenta contato com a defesa do ex-deputado, com PT e com as empresas citadas


Principais pontos das investigações

Ações apuram o favorecimento de empresas estrangeirasa em contratos com Petrobras.
- Operação Abate investiga fraudes no fornecimento de asfalto para a Petrobras por uma empresa norte-americana, entre 2010 e 2013.
- Funcionários da Petrobras, o PT e, principalmente, Cândido Vaccarezza teriam recebido propinas que somam US$ 500 mil no esquema da Abate.
- Operação Sem Fronteiras investiga o pagamento de propinas para contratação de armadores (transportadores marítimos) da Grécia, entre 2009 e 2013.
- Ao menos 2% dos contratos com as empresas gregas, que superaram US$ 500 milhões, seriam propina para políticos, funcionários da estatal e operadores financeiros.
- As investigações surgiram da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

No total, foram cumpridas 46 ordens judiciais distribuídas em 29 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e 6 mandados de prisão temporária – incluindo o de Vaccarezza – em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Dois ex-gerentes da Petrobras estão entre os alvos dos mandados de prisão temporária.

*G1


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