O governador Robinson Faria reuniu representantes dos demais
poderes no Gabinete de Gestão Integrada e apresentou algumas medidas de
recuperação do sistema prisional em curto e médio prazo.
O encontro
aconteceu na tarde desta segunda-feira, 23, e reuniu entre diversas
autoridades, os presidentes da Assembleia Legislativa, Ezequiel
Ferreira, e do Ministério Público, Rinaldo Reis.
“Apresentamos aqui todas as medidas que serão tomadas para que
possamos manter o controle sobre Alcaçuz, evitando fugas e impedindo que
o confronto entre os presos se repita”, destacou o governador Robinson
Faria.
O secretário de Segurança, Caio Bezerra, explicou que serão
realizadas diariamente intervenções na penitenciária para que seja
possível restaurar minimamente a estrutura do local e se consiga
oferecer mais segurança contra fugas ou rebeliões.
A chegada da Força de Intervenção Penitenciária, com 71 agentes com
expertise em crise, somará reforços aos agentes da segurança pública
estaduais e federais nas ações dentro do presídio. É importante
ressaltar que será realizando o concurso para 41 agentes penitenciários
efetivos e 700 agentes penitenciários temporários.
“Estamos com um Gabinete de Comando e Controle para reunir todo o
nosso efetivo, através do qual assumiremos as missões diárias e
distribuiremos as funções de cada uma das instituições participantes”,
explicou Caio Bezerra.
Entre as ações, detalhadas pelo secretário, estão reparos nos
pavilhões 2 e 3, instalação de uma cerca externa com sistema de alarme,
reparo de três guaritas, implantação de um sistema de videomonitoramento
e a limpeza da vegetação do entorno. Já foi iniciada a construção de
uma barreira física separando as facções rivais dentro do presídio.
Nesta terça-feira (24), os contêineres terminarão de ser colocados,
concluindo assim a barreira física temporária, até que muro de concreto
seja erguido, o que deve acontecer dentro de 20 dias.
Durante diálogo com os poderes, o projeto de Alcaçuz, instalada numa
área de terreno arenoso de fácil escavação, foi alvo de críticas. “Houve
um erro. Sem querer aqui apontar culpados, mas construir um presídio em
uma duna é quase que ridículo”, destacou Ezequiel Ferreira, após
reiterar a cooperação da Assembleia em todas as suas esferas para o que
for necessário. “Alcaçuz foi um erro terrível de concepção, espero que
nunca se repita em nenhum outro governo”, concordou o procurador geral
de Justiça, Rinaldo Reis.
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