
O titular deste blog vez por outra gosta de dar uma de guia turístico e não nega uma informação mais ampla a quem o busca para indicar os pontos atrativos da nossa cidade.
E o faz com todo prazer.
Assim acontece quando abordado por algum visitante e se dirige ao nosso memorial da resistência.
É la que o turista aprecia e se encanta com a beleza do equipamento, tanto quanto com a historia que ele relata, onde se vê o ato de bravura do povo resistente, ante ameaça invasora do bando de lampião: Cangaceiro x Resistente.
No entanto, alguns estranham o tanto de destaque que é dado ao que seriam os vilões da historia.
Paneis iluminados expõem sob o recurso da gigantografia Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros.
Ao passo que os verdadeiros Heroes da resistência figuram em segundo plano, embora em um outro painel mais horizontalizado ambos são representados em espaço com um certo patamar de igualdade.
Ao circunstante, é oferecida a justificativa de que a imagem do cangaço e do cangaceiro tem um apelo mais forte como produto turístico e de conhecimento nível nacional.
Claro, sem chegar a convencer tanto.
A situação apresentada nos remete aos tempos de menino, em que se ouvia em to cômico nas rodas de conversas, que em Mossoró, não tinha como fazer um filme, porque aqui "só tinha artista", no sentido de só existirem "mocinhos" em detrimento da presença necessária em qualquer trama do chamado vilão (Bandido)
Teria alguma relação?
Fato é que, na contemporâneidade os acontecimentos últimos -principalmente os ligados a politica- tem reforçado essa assertiva-.
Apelos emocionais tendem a tomar o lugar que caberia a apresentação de propostas e planos de governo, ações efetiva que tragam soluções em atendimento à população.
Mas, o que se vê é a busca da dramatização daquilo que não se pode tratar como ficção fosse. Estamos no mundo real da falência dos organismos públicos.
Neste tablado, que foi cenário de uma reenhida batalha vencida felizmente pelos homens e mulheres de bem, não deveria caber jamais o jogo de sena.
Reluta, no entanto, a atitude por parte de alguns, inclusive, ocupantes de cargos públicos, em querer montar senários propícios a aparições de tantos mocinhos e mocinhas, fazendo nea culpa, mesmo diante de uma dura e cruel realidade.
Condição esta permissionária a que se chegue a constatação de outrora.
Difícil não exclamar: aqui só tem artistas!
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