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De acordo com vice-diretor, túnel de cerca de 10 metros foi encontrado.
Detentos tocaram fogo em colchões no Pereirão, em Caicó, nesta quinta (24).

Princípio de motim aconteceu no Pereirão (Foto: Cardoso Silva)Princípio de motim aconteceu no Pereirão (Foto: Cardoso Silva)








Uma revista realizada por agentes penitenciários em conjunto com a Polícia Militar encontrou um túnel de cerca de 10 metros no pavilhão B da Penitenciária Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, na cidade de Caicó, no Seridó potiguar. De acordo com o vice-diretor da unidade, Ednaldo Cândido, o túnel foi o motivo do princípio de motim registrado na manhã desta quinta-feira (24).
Segundo o diretor, uma revista de rotina estava marcada para a manhã desta quinta. Quando perceberam a aproximação dos agentes, presos do pavilhão B se recusaram a sair do pavilhão e incendiaram a entrada com colchões. Apenas depois de negociação com os agentes os presos resolveram ceder.

"Acredito que quando eles perceberam que estava quente lá dentro, resolveram negociar e ceder. Foi então que os policiais, junto aos agentes, retiraram os detentos do pavilhão e puderam realizar a revista", explicou Cândido.
Além do túnel, uma grande quantidade de areia, retirada durante a escavação, e cachaça artesanal produzida pelos presos foram encontrados no pavilhão. Ainda de acordo com o vice-diretor, o túnel foi concretado durante a tarde.
No dia 25 de agosto do ano passado, quatro dos cinco pavilhões do Pereirão foram parcialmente destruídos durante uma rebelião. Na ocasião, os presos quebraram cadeados, arrancaram grades das celas, arrombaram paredes e incendiaram colchões e lençóis, tudo na tentativa de vingar a morte de um interno assassinado a facadas durante uma briga envolvendo membros de facções rivais.  Só o Pavilhão D, que é feminino, não foi depredado. Não houve mortes, mas 15 presos foram levados para atendimentos de primeiros socorros no Hospital Regional do Seridó.
Calamidade
O governo do Rio Grande do Norte renovou por mais seis meses o estado de calamidade no qual se encontra o sistema prisional potiguar. A medida, que foi publicada no dia 17 deste mês, prorroga a situação decretada há um ano em razão de uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado. Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Muitos deles, destruídos novamente. Segundo o secretário Cristiano Feitosa, ao longo deste um ano de calamidade o sistema prisional potiguar “melhorou muito pouco”.

A renovação do decreto diz que o objetivo é "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do normal funcionamento" das unidades prisionais do estado.
detentos quebraram cadeados, arrancaram grades das celas, arrombaram paredes e incendiaram colchões e lençóis (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Em agosto do ano passado, detentos do Pereirão quebraram cadeados, arrancaram grades das celas, arrombaram paredes e incendiaram colchões e lençóis (Foto: Divulgação/Polícia Militar)*G1

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