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segurança do deputado estadual Paulo Cézar Martins (PMDB) disparou um tiro durante uma confusão dentro do Diretório Estadual do partido, em Goiânia. Segundo testemunhas, o tiro atingiu o teto do prédio. Uma gravação registrou o momento em que uma discussão aconteceu e o tiro foi disparado


No áudio é possível ouvir o presidente estadual e nacional da Juventude do PMDB, Pablo Rezende, discutindo com o deputado. “Tiro no diretório!  O senhor vai matar a gente! Deu um tiro no diretório! O senhor vai me matar, deputado?”, afirma na gravação. No registro é possível ouvir, além do tiro, o barulho de objetos sendo quebrados.
De acordo com Pablo Rezende, o grupo recebeu autorização do responsável pelo diretório, o deputado federal Pedro Chaves (PMDB) para que tivessem acesso aos documentos. Porém, Rezende alega que a autorização foi desrespeitada pelo deputado.A confusão aconteceu na última quarta-feira (27) quando membros do PMDB tiravam cópias de arquivos relacionados às convenções municipais do partido, que está em processo eleitoral.
“Ele não queria que saíssemos de lá com as cópias, mas falamos que continuaríamos lá até copiar todo o material. Ele surtou e começou a quebrar as coisas, rasgou atas, documentos, quebrou a mesa e arremessou a cadeira na parede e partiu pra cima da gente”, afirmou.
Segundo ele, neste momento a discussão se agravou, momento em que o segurança teria atirado, atingindo o teto da sala onde estavam.

Em nota ao G1, o deputado disse nesta quinta-feira (29) que estava sendo agredido por outros membros do partido no momento em que o segurança dele efetuou o disparo. Além disso, ele publicou uma mensagem nas redes sociais afirmando que o profissional estava “no exercício da sua função” e que não teve a intenção de atingir ninguém.
Bala atingiu o teto da sala onde a discussão aconteceu, no Diretório do PMDB, em Goiânia (Foto: Reprodução/WhatsApp)Bala atingiu o teto da sala onde a discussão aconteceu, no Diretório do PMDB (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Na nota, Paulo Cézar Martins afirma que nem o responsável pelo diretório, o Deputado Federal Pedro Chaves (PMDB), presidente da comissão provisória, nem a Comissão Eleitoral “tinham qualquer conhecimento do que estava acontecendo”. E que, por isso, pediu “de forma cordial aos jovens que deixassem a sala e interrompessem a cópia”.

Após a confusão, três jovens registraram um boletim de ocorrência na central de flagrantes da Polícia Civil, apontando o deputado como autor de agressões físicas e verbais sofridas por eles. Já Paulo Cézar Martins, procurou o 1º Distrito Policial de Goiânia nesta sexta-feira (29) e alegou à polícia que foi vítima.

“Eu conversei com ele, ele me relatou a versão dele, dizendo que foi agredido pelo grupo que estava no diretório”, afirmou a Delegada Maira Lídia Barcelos Bicalho, responsável pelo caso. Segundo ela, foi registrado um termo circunstanciado de ocorrência  para investigar a lesão corporal que ele diz ter sofrido.

De acordo com ela, o caso deve ser enviado ao Tribunal de Justiça, já que, por ser deputado, ela precisa de uma autorização judicial para que a investigação seja feita por ela.

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