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O Município de Mossoró passou a contar a partir desta quinta-feira, 17, com um Plano Municipal de Enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika. O lançamento foi feito pelo prefeito Francisco José Júnior no auditório da Estação das Artes Eliseu Ventania. Na ocasião, também foi decretado estado de emergência.
O documento norteará todas as ações do município de prevenção e combate ao vetor, que se darão de maneira integrada entre 15 secretarias do município e diversas organizações não-governamentais. O plano prevê mobilizações sociais, mutirões em bairros e diversas estratégias de monitoramento e de combate ao mosquito.
De acordo com o prefeito Francisco José Júnior, o momento é de alerta na saúde pública de todo o país. “Vamos fazer tudo que for necessário ao combate do vetor. Estamos recebendo e seguindo as orientações do Ministério da Saúde e trabalharemos de maneira integrada para que o quadro de infestação do mosquito não se repita em 2016”, afirmou.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, o decreto de emergência devido às doenças transmitidas pelo mosquito é importante para intensificar as medidas de prevenção e combate ao mosquito já realizadas pelo Município. “Os agentes de endemias continuam visitando as casas para orientar à população e supervisionar possíveis focos do mosquito. Porém, a população precisa fazer a sua parte adotando medidas simples, como evitar água parada”, orienta.
O decreto nº 4.585, que vai facilitar a intensificação das medidas de enfrentamento ao Aedes já foi publicado no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) nesta quarta-feira, 16, e tem validade de 180 dias e vigora a partir desta quinta-feira, 17. Estão incluídas nas ações do documento as secretarias de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Juventude, Infraestrutura, Cultura, Segurança e Defesa Civil, Agricultura, Serviços Urbanos, Turismo, Mobilidade Urbana, Gabinete Civil, Esporte, Comunicação Social, Gabinete Civil e Fazenda.
Índice de infestação predial e agravantes
De acordo com o Ministério da Saúde, o índice de infestação predial em Mossoró – quantidade de imóveis onde se encontram as larvas do mosquito – é de 5,7%, situação considerada muito grave. O recomendado é que este índice não ultrapasse 1%.
Outro agravante, segundo o Programa Municipal de Combate à Dengue, é que Mossoró possui uma média de 50 mil tonéis ou potes abertos que propiciam a proliferação do mosquito. Além disso, seis em cada 10 casas possuem focos de dengue. Os bairros de Planalto e do santo Antônio são os que possuem maior concentração de focos do mosquito.
A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza o número (84) 3315-4833, que funciona em horário comercial, para receber denúncias, sugestões e informações a respeito da prevenção e do combate ao Aedes.
Situação epidemiológica
Em Mossoró, neste ano, já foram notificados 1.999 casos de Dengue, sendo 1.222 confirmados, número superior ao acumulado do ano passado em que foram notificados 626 casos, sendo 137 confirmados. Quanto à Febre Chikunguya, foram notificados 273 casos, mas nenhum confirmado. Em relação ao Zika vírus, há mais 900 casos suspeitos. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, 13 casos suspeitos de microcefalia (deformação em que o bebê nasce com o crânio menor que o normal e que pode ter relação com a infecção do Zika vírus durante a gestação) são investigados na segunda maior cidade do Estado.



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