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  Trabalhadores pedem reajuste salarial e revisão do plano de carreira.
Governo federal e servidores ainda não entraram em acordo.

Servidores da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral fazem uma greve por tempo indeterminado em todo o pais. 


No  dia 31 de maio, foram paralisados os funcionários públicos do Judiciário dos estados de Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo e Piauí.


Os trabalhadores do Judiciário federal reivindicam a aprovação do projeto de lei 6613/2009, que prevê reajuste de salário da categoria em 56%, em média, e reformulação do plano de carreira. De acordo com os sindicatos nos estados, os trabalhadores estão sem reajuste desde 2006. A negociação salarial é feita com o governo federal, através do Supremo Tribunal Federal, e, até agora, não foi feito nenhum acordo com os servidores.

Mossoró-RN

Em Mossoró - RN, a categoria também aderiu ao movimento após a assembleia realizada nesta quarta feira as 14:00h, quando ficou definido o percentual de apenas 30% dos servidores permanecerão em atividade para atendimento das necessidades mínimas da justiça.  


Rio de janeiro - RJ

Na tarde de quarta-feira (17), os servidores da Justiça Federal do Rio de Janeiro realizaram um protesto no Centro do Rio. O movimento percorreu toda a Avenida Rio Branco, da Candelária até à sede do TRE. Os servidores reclamam da falta de reajuste salarial, que não ocorre há nove anos. A última vez que o salário desses servidores foi reajustado foi em 2006. De lá para cá, a inflação acumulou quase 70%.

Segundo o servidor Paulo de Camargo, funcionário do TRT desde 1996, a defasagem nos vencimentos dos servidores chegam a 59%.

“Eu sou funcionário da Justiça, concursado, desde o ano de 1996. Já vi muita crise acontecendo, mas nunca cheguei a ficar nove anos sem reajustes salarial. A única maneira que encontramos de chamar a atenção do poder executivo é realizando essa greve. Só com os serviços parados nós teremos a atenção que merecemos”, comentou Camargo.

Com cartazes, apitos, e narizes de palhaço, os manifestantes cobram do Senado Federal uma maior atenção ao Projeto de Lei que tramita na Casa desde 2009. O projeto propõe a reposição das perdas salariais em seis parcelas semestrais, ao longo de 2015, 2016 e 2017.




Ao ser questionado o porquê da necessidade da greve, se o projeto está pautado para ser votado ainda no mês de junho, a servidora Renata Lombardi explicou que esse projeto existe desde 2009, e que a votação sempre está sendo adiado através de manobras políticas.

“A greve se faz necessária pela pressão em cima das autoridades, pois desde quando o projeto de lei entrou em pauta, no ano de 2009, ele nunca chegou a ser levado à votação. São seis anos que esse projeto entra e sai da pauta de votação. Sempre que ele está para ser votado, alguma manobra política é feita para que isso não aconteça. A nossa intenção é mostrar que os trabalhadores do Poder Judiciário Federal não aceitarão novas manobras nesse momento decisivo”, explicou.

Outra coisa que fez os servidores se sentirem mais indignados, é que segundo eles, os magistrados estão com todos os reajustes em dia.

“Nós não conseguimos entender os motivos de que o alto escalão do Poder Judiciário têm todos os reajustes em dia, ganham salários altíssimos, enquanto os servidores, que ganham menos de um quinto do que os magistrados recebem”, lamentou Renata.

A greve da Justiça Federal não ficará concentrada apenas no Rio de Janeiro, ela será nacional, e envolverá aproximadamente cem mil servidores espalhados por todo o país. O movimento está sendo orientado pelo sindicato, Sinsejufe e a federação nacional, Fenajufe.

Os servidores informam que durante a greve, todos os serviços judiciários ficaram interrompidos, exceto os casos inadiáveis, ou aquelas tratadas como emergenciais.


 

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