Uma vitória maiúscula justificada no desejo de mudança do povo potiguar e na experiência positiva de Rosalba como prefeita três vezes de Mossoró.
Rosalba cumpria a primeira parte do mandato de oito anos no Senado Federal, eleita em 2006, e aceitava o desafio de reconstruir o Estado, completamente desconfigurado nos oito anos do governo Wilma de Faria (PSB).
A vontade de acertar a fez motivada a enfrentar o enorme desafio, não levando em conta as armadilhas criadas pela gestão passada para inviabilizar o governo seguinte, como por (mau) exemplo a criação de 14 planos de cargos, carreira e salários dos servidores públicos, sem um centavo de real previsto em orçamento.
Logo no primeiro momento, quando assumiu o Governo no dia 1.º de janeiro de 2011, a governadora se deparou com um “rombo” nas contas públicas de quase R$ 1 bilhão. A gestão passada para pagar os salários de dezembro de 2010 antecipou a receita do ICMS de janeiro de 2011, além de ter tomado dinheiro emprestado ao Judiciário para o governo Rosalba pagar.
O Estado estava inadimplente, impedido de contrair um centavo de real aos organismos financeiros. Saúde, segurança pública e, principalmente, a educação estavam um caos.
Era o retrato de Estado arrasado.
Certo que as pessoas têm memória curta e, na ansiedade e necessidade de urgência, acabam condenando o momento. Ou seja, governo ruim é governo da hora.
Talvez, e provavelmente, a explicação para o alto índice de reprovação à gestão Rosalba, puxado por problemas que são de ordem nacional, mas que recaem sobre os ombros do governo local: a escalada da violência e o caos no sistema de saúde pública.
O cidadão, de forma inconsciente, ficou míope para obras importantes que o governo concluiu e está realizando. Obras que estavam no papel há décadas e que foram executadas agora.
O fato é que o governo enfrentou e enfrenta enorme dificuldade de ordem financeira e isso teve um peso decisivo para Rosalba perder a guerra política, a ponto de ser impedida pelo seu próprio partido de colocar a sua gestão para o cidadão julgar com o voto, numa espécie de condenação sem defesa.
Um dia, com certeza, a governadora Rosalba terá o direito democrático do julgamento justo.
* Por César Santos
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