A atual 'geração belga' chegou muito badalada ao Brasil, não se apresentou bem nos primeiros jogos, mas já recolocou o país de volta às quartas de final da Copa do Mundo após 28 anos. Ontem, na Arena Fonte Nova, em Salvador, a Bélgica finalmente fez uma apresentação convincente. Com velocidade, o time europeu dominou os Estados Unidos, mas perdeu muitos gols ao longo dos 90 minutos e precisou da prorrogação para vencer por 2 a 1 e avançar na competição.
Raul Spinassé/A tarde/Folhapress
De Bruyne comemora junto com os companheiros da seleção da Bélgica, um dos gols da classificação dos "Diabos Vermelhos"
A salvação veio apenas no início do tempo extra. Lukaku saiu do banco de reservas, começou a jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para De Bruyne. O meia teve habilidade para sair da marcação e chutar ao fundo do gol, vencendo o goleiro Howard, que iria se consagrando até então. Depois de desencantar, ainda sobrou tempo para Lukaku também deixar sua marca. Já no final da prorrogação, Green conseguiu descontar para os Estados Unidos.
Com a vitória sofrida de onetm, a badalada 'geração belga' consegue recolocar o país nas quartas de final da Copa do Mundo, feito que não era conquistado desde 1986, ano de melhor campanha da seleção (4º lugar). Na próxima fase, o adversário será a Argentina, que também precisou da prorrogação para eliminar a Suíça com uma vitória por 1 a 0. O duelo está marcado para o próximo sábado, às 13 horas (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha.
Após uma primeira fase com um futebol apresentado abaixo das expectativas, mesmo com três vitórias conquistadas, a seleção belga tinha mais uma chance de mostrar que esta nova geração realmente merece o destaque que vem sendo dado. Desta forma, os europeus não tomaram conhecimento do adversário desde os primeiros minutos da partida. Foram pra cima mas não conseguiram marcar.
A etapa complementar começou de forma semelhante ao que pôde ser visto no início do jogo. Com maior responsabilidade de balançar as redes, a Bélgica foi pra cima, mas os EUA também criaram oportunidades.
Depois de ver sua equipe perder gols no tempo normal, Marc Wilmots resolveu trocar o seu centroavante para a prorrogação. Lukaku passou a ocupar a vaga de Origi e ajudou a resolver o jogo com apenas três minutos em campo. O atacante escapou pela direita, fez o cruzamento rasteiro para De Bruyne, que saiu do marcador, bateu cruzado e finalmente venceu o goleiro Howard.
Mesmo com o gol marcado, a Bélgica seguiu no campo de ataque, voltou a perder mais duas oportunidades, mas o inspirado Lukaku ainda conseguiu deixar sua marca. Responsável por mudar o jogo, o atacante inverteu de papeis com De Bruyne, recebeu o passe do meia e finalizou para o fundo das redes. O gol deixava o time europeu muito perto das quartas de final.
No início da segunda etapa da prorrogação, porém, os Estados Unidos quiseram dar mais emoção ao confronto na Fonte Nova. Em seu primeiro toque na bola, Green foi acionado dentro da área e teve categoria para colocar ao fundo das redes. A torcida então passou a acreditar, o jogo ficou ainda mais movimentado e o final, com os dois times cansados, foi eletrizante, mas o placar não foi alterado.
Ficha técnica
Bélgica (2): Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel e Fellaini; Mertens (Mirallas), Hazard (Chedli) e De Bruyne; Origi (Lukaku). Técnico: Marc Wilmots
EUA (1): Howard; Fabian Johnson (Yedlin), Besler, Omar Gonzalez e Beasley; Cameron e Jermaine Jones; Zusi Wondolowski), Bradley e Bedoya (Green); Dempsey. Técnico: Klinsmann
Local: Arena Fonte Nova/Salvador (BA)
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)
Assistentes: Redouane Achik (Marrocos) e Abdelhak Etchiali (Argélia)
Público: 51.227 torcedores
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