O presidente do Sintracom, Ivonildo Monteiro, explica que 70% desse total são referentes à área do Petróleo. "É preocupante essa questão das demissões. E o pior é que esse número pode ser maior. Esse é o controle das homologações de rescisões que passam pelo sindicato. Ainda tem aquelas com menos de um ano que não precisam passar pela entidade", esclarece.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) Mossoró, Jorge do Rosário, diz que muitas empresas estão encerrando os trabalhos na cidade. "O que nós podemos perceber é o encerramento de muitos contratos e que não estão sendo renovados. Dessa forma, muitas empresas estão deixando a cidade e aumentando o número de demissões na área", explica.
Jorge do Rosário comenta que, por enquanto, a crise ainda não chegou ao setor imobiliário. "Ainda não chegamos nesse ponto, mas também não deve demorar. Com o crescente número de demissões, vai gerando uma série de problemas em vários setores. As pessoas vão ficando com medo de investir em imóveis e também vai aumentando a oferta", destaca.
O presidente do Sinduscon ainda cita a fragilidade do setor imobiliário devido a crise nos últimos anos. "Tivemos os problemas com o Aeroporto Dix-sept Rosado e também uma crise gerada por vários fatores. Então, se continuar nesse ritmo, em breve o setor imobiliário será atingido por essa onda de demissões no setor petrolífero", afirma.
Ivonildo Monteiro também acredita na chegada da crise no setor imobiliário. "Se não fosse essa retirada de investimentos, não teríamos tido essa quantidade tão grande de demissões na área. Sem contar que o setor imobiliário vem amargando alguns anos de crise", comenta.
Audiência pública na CMM discutirá a retração de investimentos da Petrobras
Preocupados com o futuro da construção civil em Mossoró, além de outros setores que já vêm sentindo os efeitos da retração dos investimentos da Petrobras na cidade, vários sindicatos estão se mobilizando para resolver os problemas e a crise que se instalou.
Segundo o presidente do Sintracom, Ivonildo Monteiro, os sindicatos pediram uma audiência pública na Câmara Municipal de Mossoró (CMM). "Precisamos saber da Petrobras o que está acontecendo e também mobilizar a sociedade como um todo para resistir ao desmonte", destaca.
A audiência na CMM será realizada na próxima sexta-feira, às 15h, por proposição do vereador Genivan Vale (PR). Além dos sindicatos, também devem participar autoridades políticas dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará e entidades ligadas à área econômica.
* Fonte: O Mossoropoense
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