Simples
no jeito de falar, Popó Porcino diz que a amizade feita com os
sequestradores o ajudou nas negociações e a superar o medo. Ele
destaca que a partir de agora vai ser mais cuidadoso e prestar mais
atenção por onde anda.
Leia entrevista a seguir:
Leia entrevista a seguir:
O Mossoroense: Como foi a sua captura?
Popó Porcino: Quando terminei de correr, antes de entrar no caminhão de apoio, fui interceptado e levado pelo bando.
Popó Porcino: Quando terminei de correr, antes de entrar no caminhão de apoio, fui interceptado e levado pelo bando.
OM: Durante o trajeto até o cativeiro você estava com os olhos vendados ou via para onde ia sendo levado?
PP: Estava com a cabeça para baixo sem ver nada.
PP: Estava com a cabeça para baixo sem ver nada.
OM: O que os criminosos falavam durante o percurso até o cativeiro?
PP: Não falaram nada, silêncio profundo.
PP: Não falaram nada, silêncio profundo.
OM: No cativeiro, você ficou acorrentado e como era a relação com a quadrilha?
PP: Fiquei acorrentado, mas fiquei amigo deles. Foi onde facilitou tudo para as negociações.
PP: Fiquei acorrentado, mas fiquei amigo deles. Foi onde facilitou tudo para as negociações.
OM: Qual o momento mais tenso durante o cativeiro?
PP: No momento da mudança do cativeiro, esse sempre era o momento mais tenso.
PP: No momento da mudança do cativeiro, esse sempre era o momento mais tenso.
OM: Chegou a ser agredido fisicamente?
PP: Não.
PP: Não.
OM: O que passava pela sua cabeça durante os dias em que esteve em poder dos sequestradores?
PP: Tentei ficar bastante tranquilo, foi o que ajudou a passar o tempo.
PP: Tentei ficar bastante tranquilo, foi o que ajudou a passar o tempo.
OM: Chegou a falar com a sua família? Com quem? O que falou?
PP: Sim, cheguei a falar com meu pai e minha mãe. Só pedia para eles me tirarem dali.
PP: Sim, cheguei a falar com meu pai e minha mãe. Só pedia para eles me tirarem dali.
OM: No dia do resgate, quando você ouviu a polícia invadindo, o que passou na sua mente?
PP: No momento não imaginei que fosse a polícia. Quando eles entraram no quarto onde eu estava só fiz comemorar e agradecer a Deus pelo pesadelo ter chegado ao fim.
PP: No momento não imaginei que fosse a polícia. Quando eles entraram no quarto onde eu estava só fiz comemorar e agradecer a Deus pelo pesadelo ter chegado ao fim.
OM: Como foi o reencontro com a família?
PP: Só alegria. Fiquei bastante feliz em rever minha família.
PP: Só alegria. Fiquei bastante feliz em rever minha família.
OM: Qual a importância da polícia no seu sequestro?
PP: Tenho muito a agradecer a eles, pois os policiais foram muitos profissionais. Estão de parabéns.
PP: Tenho muito a agradecer a eles, pois os policiais foram muitos profissionais. Estão de parabéns.
OM: O que muda de agora em diante?
PP: Ter bastante cuidado e prestar atenção onde ando.
PP: Ter bastante cuidado e prestar atenção onde ando.
Entenda como foi o sequestro do empresário Porcino Segundo, “Popó Porcino”
O
empresário Porcino Fernandes da Costa Segundo, Popó Porcino, foi
sequestrado em 16 de junho durante uma vaquejada em Ceará-Mirim. Após
37 dias de sequestro, a equipe da delegada Sheila Freitas, titular da
Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado
(Deicor), estourou o cativeiro localizado na Praia de Pitangui. Na
ocasião, a vítima foi libertada ilesa, enquanto quatro marginais
foram detidos, um deles tendo sido baleado e um quinto morreu em
confronto com a polícia.
O
empresário foi devolvido à família e desde então a Deicor tem travado
uma verdadeira guerra para prender o restante da quadrilha de
sequestradores, que era comandada pelo filho de um militar cearense,
identificado como Paulo Vitor Lopes Monteiro, preso durante a invasão
do cativeiro.
Ao todo, já foram
indiciados nove membros da quadrilha: Bruna de Pinho Landim, José
Orlando Evangelista Silva, Paulo Victor Lopes Monteiro, Francisco
Genério Bruno da Silva (morto em confronto com a polícia), Luís
Eduardo Lima Magalhães Filho, Anderson de Souza Nascimento, Orlandina
Torres Carneiro, além de Leonora Gomes de Sena e Antônia Berenice
Damasceno Lima que estão foragidas.
“A prisão dos foragidos é questão de tempo. Logo vamos estar com toda a quadrilha atrás das grades”, assegurou Sheila Freitas.
“A prisão dos foragidos é questão de tempo. Logo vamos estar com toda a quadrilha atrás das grades”, assegurou Sheila Freitas.
Mulher abandonou cativeiro com medo de bandidos matarem Popó
Uma
entrevista concedida pela delegada da Deicor, Sheila Freitas, esta
semana, trouxe novas revelações sobre o sequestro de Popó Porcino. Ela
contou que uma mulher identificada como Antônia Berenice Nascimento
era a cozinheira dos cativeiros e por não concordar com a forma de
tratamento do sequestrador Francisco Genério Bruno da Silva com Popó
afastou-se do grupo dias antes da descoberta do cativeiro na praia de
Pitangui, e fugiu para o Ceará.
“É
provável que Berenice tenha desenvolvido a ‘síndrome de Estocolmo’. O
Genério dizia que ia enviar partes do corpo de Popó para a família
Porcino, como prova de que o jovem estava vivo, e ela não concordava
com aquilo. Com pena de Popó, abandonou o cativeiro e fugiu”.
De
acordo com o psicólogo João Valério Alves Neto, “síndrome de
Estocolmo” é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas
que são vítimas de sequestro, em que a vítima desenvolve sentimentos
de lealdade para com o sequestrador apesar da situação de perigo em
que se encontra colocada, e vice-versa.
A
delegada Sheila Freitas disse que, após a descoberta do cativeiro,
recebeu uma ligação anônima de alguém se dizendo arrependida e contando
detalhes da rotina nos cativeiros de Popó. “Quem ligou não se
identificou, mas com certeza esteve naqueles cativeiros”. Questionada
se esta pessoa teria sido Berenice, a delegada preferiu silenciar,
justificando ainda não poder revelar detalhes sobre a investigação.
Fonte: www.omossoroense.com.br
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