Do site do Tribunal Superior Eleitoral:
Por maioria de votos, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) decidiram manter nos cargos a governadora do Rio Grande do Norte,
Rosalba Ciarlini Rosado (DEM), e seu vice, Robinson Mesquita de Faria. A
decisão foi dada durante a continuação do julgamento de um recurso em
que a coligação Vitória do Povo, do candidato derrotado ao governo do
Estado nas eleições de 2010 Iberê Ferreira de Souza (PSB), acusava os
dois de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de
comunicação.
No recurso, a coligação alegou que, no período de 1º de janeiro a 30 de
junho de 2010, Rosalba Ciarlini foi beneficiada com 104 aparições na TV
Tropical, retransmissora da TV Record e de propriedade do senador
Agripino Maia (DEM), o que teria influenciado a sua pré-candidatura ao
governo do Estado. Argumenta ainda que houve abuso do poder econômico,
configurado pelo valor dos horários utilizados por Rosalba Ciarlini na
televisão, totalizando mais de R$ 1,3 milhão.
Após o voto da ministra Nancy Andrighi relatora do recurso, na sessão
do dia 27 de outubro de 2011, que negou a cassação da governadora, o
ministro Arnaldo Versiani pediu vista, para examinar melhor a questão.
Voto
Na sessão desta quinta-feira (10), o
ministro Versiani lembrou que os mesmos fatos já foram apreciados pelo
TSE em outros recursos, que também foram negados. Disse que pediu vista
deste recurso porque tratava de abuso de poder econômico. Mas salientou
que, ao examinar melhor a questão, chegou à mesma conclusão da relatora
de que, no caso, não houve abuso do poder econômico.
No voto dado em outubro, a ministra Nancy Andrighi disse que, após
examinar as matérias que teriam veiculado excessivamente a imagem da
então candidata ao governo do Estado, verificou que as aparições da
então senadora Rosalba Ciarlini referem-se a projetos de leis,
audiências públicas ou a questões debatidas no Congresso Nacional,
naturalmente de interesse público.
A ministra lembrou que a senadora, na época, ocupava a presidência da
Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o que justificava as
entrevistas. Disse que outras aparições foram quase sempre muito breves,
de pouco segundos, e vinculadas a eventos públicos de natureza
regional.
Alegou ainda que, em nenhuma aparição da então senadora, houve pedido
de votos e concluiu não ter havido abuso de poder e uso indevido dos
meios de comunicação. O voto divergente foi do ministro Marco Aurélio,
que considerou excessiva a aparição na TV.
Allan Erick - Interino
Economista e publicitário com mais de 30 anos de atuação. Política, economia, esportes, marketing, publicidade etc
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