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Ao impedir que órgãos de comunicação continuem tendo acesso às estatísticas  dos óbitos na cidade, fornecidos até então pelo ITEP - Instituto Técnico e Científico de Polícia - e que apontam até aqui mais de 100 homicídios registrados em Mossoró, somente este ano, a Secretaria de Segurança faz igual a estória do marido que ao saber que fora traído pela mulher com outro em ato libidinoso no sofá da sala, mandou logo trocar o sofá. Ou seja, os números são referências apenas. Eles não tem culpa do aumento da escalada da violência em nossa cidade. Uma responsabilidade, sim, direta de quem faz a segurança pública do estado: o próprio governo. Hoje mesmo, ao ouvirmos um relato de um líder comunitário do Jucurí, no programa Observador Político (TV Mossoró/ FM 93,7), reforçou-nos a tese de que no fundo, no fundo, estamos entregues à própria sorte. No lugar, não existe nenhum policial militar que ofereça um mínimo de segurança aos moradores. Essa proporção se repete em várias outras localidades do RN, principalmente, quanto mais distantes da capital. Necessário se faz, portanto que se ataque - ou contra-ataque, como queiram - as causas e não os efeitos. Pois os números apontados são, e somente são, reflexos do quão o mossoroense vive hoje ao lado do medo. Infelizmente.

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