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Por Josivan Barbosa*

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) ganha um Núcleo de Capacitação Tecnológica em Apicultura (NCTA). O novo prédio, instalado na Fazenda Experimental Rafael Fernandes, é para o apoio administrativo e financeiro. A inauguração aconteceu na sexta-feira, 21, nesse local, localizado na comunidade de Alagoinha. O NCTA é ligado ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade do Semiárido.

O espaço físico conta com bloco didático, voltado a cursos, pesquisas, serviços de extensão, capacitações, orientações e assistência técnica a apicultores do Semiárido nas atividades específicas da área de Apicultura, além de equipamentos científicos voltados para apicultura.

O prédio do NCTA funcionará como um núcleo avançado de pesquisa e difusão de tecnologia na área de apicultura da Ufersa, com o objetivo de apoiar e possibilitar aos apicultores aprimoramento de seus conhecimentos sobre as metodologias modernas da apicultura, permitir uma melhor competição no negócio rural apícola nacional e internacional e incremento da exportação dos produtos da apicultura e da meliponicultura (abelha sem ferrão).

Também é objetivo do Núcleo fornecer assistência técnicas aos apicultores do Semiárido nas diversas áreas da apicultura (patologia apícola, manejo, comercialização, embalagem, legislação apícola, seleção e melhoramento de rainhas, processamento de cera moldada etc ) e aprendizado de metodologias modernas que atendam o exigente mercado apícola nacional e internacional. O projeto representa investimento na ordem de R$ 1,5 milhão.

As pesquisas com apicultura na Fazenda Experimental da Ufersa teve início em 2004 e hoje podemos dizer que naquela fazenda há duas histórias uma antes e outra após a chegada do professor Lionel Seghi Gonçalves, líder das pesquisas no país em apicultura. Hoje as pesquisas são lideradas pela professora Kátia Kamacho que segue em sintonia com o professor Lionel.

Energia eólica off-shore

O Estado do Rio Grande do Norte ainda vai ter que aguardar pelo menos mais dois anos para que os projetos de geração de energia eólica off-shore (em alto mar) se tornem realidade. O grande desafio é ultrapassar as etapas burocráticas de regularização do setor.

A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEÓLICA) tem pressa para que as diretrizes regulatórias de contratação de eólicas offshore saiam, já que investidores que aportam no mercado internacional se interessam pelo Brasil.

O Ministério de Minas e Energia (MME) trabalha com a Casa Civil da Presidência da República na consolidação de contribuições para o estabelecimento da primeira regulamentação de energia eólica offshore no Brasil.

Algumas empresas colaboraram ativamente nas discussões para a definição da legislação a ser adotada no país, como a Neoenergia, que tem como acionista majoritário a espanhola Iberdrola, e com um arcabouço legal definido, a expectativa é que projetos avancem.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) acumula 23 processos por licenças ambientais que estão em análise, que totalizam mais de 46 GW de potência. Entretanto, o instituto confirmou que apenas dois apresentaram Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Exportação de frutas

Finalmente, o Brasil ultrapassou a cifra de 1 bilhão de dólares em exportação de frutos. Esse desafio estava sendo perseguido pelos exportadores há pelo menos uma década.

O brasil exportou 1,2 milhões de toneladas de frutos, correspondente a 1,06 bilhão de dólares. Isso representa um incremento de 18% em volume e 20% no faturamento em relação ao ano de 2020.

Além do aumento das vendas no mercado externo favorecido pela preocupação das pessoas com produtos saudáveis, a valorização do dólar e do euro frente ao real, contribuiu para que o país conseguisse ultrapassar a casa do 1 bilhão de dólares em exportação de frutos.

A manga, produzida principalmente no Vale do São Francisco, foi o fruto que mais contribuiu para o incremento das exportações. O país exportou 275 mil toneladas, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano de 2020.

A maçã teve uma evolução de 79% nas cifras de exportação e de 58% nos volumes exportados. O país atingiu 99 mil toneladas de maçã, sendo que 70% foram destinadas ao mercado europeu.

A uva, também produzida no Vale do São Francisco, teve um incremento de 55% em volume e 43% em valor exportado.

O mamão, melão, melancia e limão tiveram também importantes incrementos na safra passada.

O negócio rural brasileiro em 2021

As exportações do agronegócio somaram US$ 120,6 bilhões em 2021, um crescimento de 19,7% em comparação com o ano anterior, e as importações, por sua vez, aumentaram 19%, somando US$ 15,53 bilhões.

O saldo da balança comercial do setor encerrou o ano com superávit de US$ 105,5 bilhões, montante 19,8% maior que o de 2020, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.

Mesmo com o crescimento de dois dígitos das exportações do agronegócio, a participação do setor nas vendas totais do país ao mercado externo diminuiu: a fatia, que foi de 48,1% em 2020, desceu para 43% no ano passado.

A China continuou a ser o principal destino dos embarques do agronegócio brasileiro, com importações que representaram mais de um terço das vendas externas do setor. A participação chinesa passou de 33,8% para 34% com o crescimento de 20,6% nas compras, que somaram US$ 41 bilhões em 2021.

O complexo soja manteve a hegemonia nas exportações brasileiras do agro no ano passado, respondendo por 39,8% do total, com embarques que somaram US$ 48 bilhões). Na sequência, pela ordem, aparecem os segmentos de carnes (US$ 19,86 bilhões, montante 16,5% maior que o de 2020), produtos florestais (alta de 11,6%, a US$ 13,94 bilhões), complexo sucroalcooleiro (aumento de 8,5%, para US$ 10,26 bilhões; e café (embarques de US$ 6,37 bilhões, ou 5,3% a mais que no ano anterior). Juntos, esses cinco grupos responderam por 81,6% de todas as exportações do agronegócio brasileiro.

*Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa



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