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A vacina CoronaVac está entre os imunizantes anticovid com melhores chances de proteger contra a ômicron. É o que afirma a vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, Maria Carolina Sabbaga.

Segundo a vice-diretora, uma das principais preocupações com a nova variante do coronavírus é sua grande quantidade de mutações na proteína spike, considerada a porta de entrada do vírus no corpo humano.

Vacinas de mRNA (RNA mensageiro) –como as desenvolvidas por Pfizer/BioNTech e Moderna– possuem código genético de partes do vírus. No caso dos imunizantes contra a covid, essa parte é a proteína spike.

A CoronaVac usa a tecnologia de vírus inativado. Ou seja, “ensina” o sistema imunológico a reconhecer diversas proteínas do coronavírus e se defender delas.

“Eu diria que a eficácia da CoronaVac é a que tem menos chance de ser burlada”, declarou Maria Carolina ao jornal O Estado de S. Paulo.

A fabricante da CoronaVac, a chinesa Sinovac, afirmou que já iniciou estudos para verificar a eficácia da vacina contra a ômicron. O Butantan, responsável pela fabricação do imunizante no Brasil, ainda não começou a testagem.

O fato de alguns imunizantes serem focados na proteína spike não significa que sejam ineficazes na proteção contra a nova variante.

Ugur Sahin, presidente-executivo da BioNTech, disse à Reuters que, mesmo que a eficácia caia, o imunizante desenvolvido em parceria com a Pfizer deve oferecer proteção suficiente contra casos graves da doença. A farmacêutica informou que já está trabalhando para desenvolver um imunizante contra a variante.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse que, se for necessário fazer alguma mudança na vacina, o desenvolvimento demoraria 6 semanas. Nesse caso, a fabricante precisaria de mais 100 dias para produzir e entregar o imunizante.

“Uma das vantagens dessa tecnologia de mRNA é que o desenvolvimento de novo imunizante é muito rápido. Precisa apenas do sequenciamento do RNA deste vírus para fazer a nova vacina”, falou.

A Universidade de Oxford, que desenvolveu vacina anticovid em parceria com a AstraZeneca, disse não haver “evidências de que as vacinas não possam prevenir casos graves de Covid-19 causados pela ômicron”. O imunizante usa tecnologia de adenovírus, focada na proteína spike. Assim como a Pfizer, a instituição declarou estar preparada caso precise atualizar a vacina.

ÔMICRON

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou na 4ª feira (1º.dez) que a ômicron deve desencadear um aumento de casos de covid-19. Segundo o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, essa alta não vai surpreender a OMS por conta da baixa cobertura vacinal em alguns países.

Informações preliminares da OMS, divulgadas em conferência, mostram que a nova variante é mais transmissível e pode aumentar o risco de reinfecção.

Em comunicado técnico divulgado na 2ª feira (29.nov), a OMS afirmou que a nova variante representa um risco muito elevado para todos os países.

“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, disse.

Apesar de ter sido detectada no fim do último mês pela África do Sul, amostras recolhidas na Holanda revelam que a ômicron já estava presente na Europa em 19 de novembro.

O Brasil já registrou 3 infectados pela variante, todos no Estado de São Paulo. Os 2 primeiros foram confirmados na 3ª feira (30.nov) e o 3º na 4ª. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo têm casos suspeitos da cepa.

Poder 360


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