Rentabilidade dos bancos atinge nível pré-pandemia e lucro soma R$ 62 bi

 

A rentabilidade dos bancos chegou ao nível pré-pandemia de covid-19 e o lucro somou R$ 62 bilhões no 1º semestre de 2021. Os dados foram divulgados nesta 2ª feira (18.out.2021) pelo BC (Banco Central). 

O lucro dos bancos de janeiro a junho foi 53% maior do que o registrado em igual período de 2020. Também foi 3% acima do que foi registrado no 1º semestre de 2019.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) chegou a 14% no 12 meses encerrados em junho de 2021, o maior patamar desde maior de 2020, quando chegou a 14,6%.

Segundo o BC, os resultados financeiros das empresas do setor tendem a seguir melhorando com o avanço da vacinação contra a covid-19 e com a recuperação da atividade econômica. Disse, porém, que as incertezas econômicas seguem acima do usual e que uma recuperação mais lenta pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema.

A autoridade monetária disse que a principal razão para a retomada da rentabilidade para os níveis de antes da crise sanitária foi o menor volume de despesas com provisões –que são uma espécie de reserva financeira para compensar eventuais calotes dos clientes. A liberação dos recursos foi possível porque a inadimplência está “sob controle” e as estimativas com as perdas foram acima do esperado.  “Não haverá alteração significativa nas despesas com provisões no curto prazo“, disse o BC.

Também ajudou na rentabilidade a melhora nas receitas com serviços e despesas administrativas, que crescem abaixo da inflação.

O aumento da taxa básica, a Selic, que norteia os juros cobrados no sistema bancário também vai pressionar o custo de captação de capital. A receita com crédito será impactada à medida que novas operações de financiamento forem sendo concedidas, em um novo nível de taxas de juros.

O BC disse que a reforma tributária, se aprovada pelo Congresso, impactará a rentabilidade de diferentes formas. “No 1º momento, haverá reavaliação do crédito tributário, sem efeito no caixa dos bancos. No médio prazo, a alíquota menor reduzirá o dispêndio com tributos“, disse.

Poder 360